IPANEMA

Rio: passagem de blocos transforma Ipanema em passeio público

14 de fevereiro de 2010 • 17h14 • atualizado às 17h24

Fabiano Rampazzo

Direto do Rio de Janeiro

O tradicional bairro de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, virou um imenso passeio público na tarde deste de domingo. As duas vias da avenida Vieira Souto e todas as suas transversais estão interditadas pela Polícia Militar por causa da sequência de blocos de rua que circulam pelo local.
Com a movimentação, o cenário de uma das mais famosas praias da capital fluminense mudou. De um lado da Viera Souto, o mar Atlântico. Do outro, um um mar de gente. E por falar em mar... "Para mim, esta fantasia é uma homenagem ao mar. Mas imaginei que as pessoas fossem associar aos filme Avatar", disse a estudante Gika Veneza, 22 anos, que chamava atenção no meio das milhares de pessoas por estar pintada de azul.
"São vários vidrinhos de tinta de rosto. Só consegui (pintar) com a ajuda de uma amigo", comentou ela, pintada de azul dos pés à cabeça. Gika, seus amigos e os milhares de foliões aguardavam na tarde deste domingo o carro de som do bloco Simpatia É Quase Amor, que se aproximava pela Viera Souto no sentido Leblon, também na zona sul.
Simpatia é quase amorCom o grito de guerra 'Alô burguesia de Ipanema!', o Bloco Simpatia é Quase Amor nasceu às vésperas do Carnaval de 1985, em meio à campanha pelas Diretas Já e saindo da Praça General Osório em Ipanema, lugar cativo do bloco. Considerado o mais simpático da zona sul, por pouco o bloco não recebeu o nome de "Chapeleta do Heitor", personagem inventado pelo humorista Marcelo Madureira, um dos seus fundadores.
No entanto, o nome não colou e elegeram o personagem Esmeraldo Simpatia é Quase Amor, criado pelo escritor e compositor Aldir Blanc, e batizaram o bloco, que, assim como o personagem, é um fanfarrão, conquistador e simpático. O humorista Bussunda foi Rei Momo do Simpatia durante muitos anos. A banda é comandada pelo Mestre Penha.

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