DESORDEM !

Desordem pública nos desfiles do Empolga às 9 e A Coisa Tá Preta, na orla de Ipanema

Luiz Gustavo Schmitt

RIO - Como aconteceu no sábado, com o Simpatia É Quase Amor, os foliões tomaram neste domingo a orla da Zona Sul. Sem sair do lugar, em frente ao Posto 9, em Ipanema, o Empolga às 9 embalou oito mil pessoas, ao som de 13 músicos e 60 ritmistas formados em oficinas do Monobloco. Samba, marchinha, frevo, funk e outras misturas sonoras serviram de trilha para um triste festival de desordem pública, com camelôs abastecendo isopores com caminhões no meio de ruas, como Joana Angélica e Prudente de Morais. Os 'mijões' também fizeram a festa, urinando longe dos banheiros químicos. Um deles, flagrado pela equipe de reportagem do GLOBO, o sociólogo Guilherme de Castro, de 23 anos, concorda com a prisão dos infratores, mas acha que o número de cabines precisa ser maior:
- O numero é insuficiente e as pessoas acabam sem opção.
A administradora Mariana Trací, de 28 anos, tem a mesma opinião. E ainda denunciou outro problema: homens estariam usando o banheiro das mulheres.
- As pessoas estão desrespeitando e furando fila. Na hora do aperto, ninguém quer esperar.
Desfilando no mesmo horário, das 16h às 20h, o bloco da cantora Preta Gil, A Coisa Tá Preta, arrastou, segundo os organizadores, cerca de 30 mil pessoas pelo trajeto, que começou na Praça General Osório, passou pela Avenida Vieira Souto e terminou em frente ao Jardim de Alah. Com músicas que canta em seus shows - axé music, samba e marchinha -, a filha de Gilberto Gil interagiu com o público.
- Foi um grande prazer, não imaginava que tanta gente iria aparecer no bloco. Eu já considero um dos grandes sucessos do carnaval - afirmou a cantora, que conseguiu colocar seu bloco na rua pela primeira vez, depois de ter a licença negada em 2009.
Assim como na passagem do Empolga, o desfile do A Coisa Tá Preta também foi marcado pela desordem pública: camelôs e mijões podiam ser vistos em todo o trajeto.

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