Assaltos
Lagoa tem protesto contra a 'gangue da árvore' e por mais policiamento
O Globo
RIO - Um protesto contra a violência reuniu cerca de cem pessoas na Lagoa na manhã de domingo. A razão foi o assalto a dois adolescentes, há quase um mês, na altura da Rua Maria Quitéria, em Ipanema. Segundo os pais, ambos foram abordados por um grupo de 15 menores infratores, que levaram suas bicicletas e mochilas e ainda os atacaram a socos, pontapés e mordidas.
Para a publicitária Marta Isaksen, mãe de uma das vítimas, a falta de policiamento ostensivo no local facilita a ação do grupo, conhecido como gangue da árvore por praticar assaltos na área próxima ao Corte do Cantagalo e se esconder entre os galhos da densa vegetação do local.
- Meu filho foi humilhado e está traumatizado. Buscou a ajuda de um policial (na verdade, guarda municipal), que não fez nada por ele - disse Marta, integrante do projeto Uerê, que cuida de crianças e adolescentes do Complexo da Maré. - Não culpo essas crianças pelos roubos, mas sim o governo, que não toma as providências necessárias para tirá-las das ruas e dar educação a elas.
Segundo a Guarda Municipal, o efetivo responsável pelo policiamento na região foi novamente orientado a prestar assistência em casos semelhantes. O guarda que teria negado ajuda aos adolescentes assaltados ainda não foi identificado, e uma apuração está em andamento. Hoje, dez agentes patrulham a Lagoa, das 9h às 19h, em quatro carrinhos elétricos e dois Segways (veículos de duas rodas). Durante o protesto, os manifestantes disseram que nenhum guarda foi visto.
Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), foram registrados 65.819 roubos a transeuntes no estado, de janeiro a novembro de 2009. Só na Zona Sul do Rio foram 3.684 roubos.
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