CARNAVAL 2011

Limites para a folia

Leblon, Ipanema e Gávea terão menos blocos em 2011

Rogério Daflon e Ludmilla de Lima

RIO - Nem todo mundo vai poder colocar seu bloco na rua em 2011 - pelo menos nos bairros de Leblon, Ipanema e Gávea. De acordo com o secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, devido ao inchaço de grupos carnavalescos nas ruas desses três bairros, a prefeitura vai reduzir o número deles, visando a dar mais tranquilidade a moradores e comerciantes. Donos de bares e restaurantes da Rua Dias Ferreira, no Leblon, fizeram seu grito de protesto contra a presença de milhares de foliões ali nos dias de carnaval.
- Foi muito transtorno para os comerciantes - afirmou o secretário, acrescentando que, na Rua Dias Ferreira, os blocos não vão mais passar.


Antonio Pedro condicionou o aval a blocos no ano que vem à tradição.
- Não há como vetar blocos como Simpatia é Quase Amor, Suvaco do Cristo ou Banda de Ipanema. Mas nós autorizamos mais de 400 blocos este ano e, após avaliação da Coordenadoria de Carnaval de Rua, vamos rever o número nesses três bairros da Zona Sul. Vamos tentar colocar os blocos mais novos em outros lugares.
A decisão de quantos blocos serão cortados sairá após a secretaria analisar relatório da Coordenadoria dos Blocos de Rua.

A presidente da Sebastiana, a Associação Independente dos Blocos da Zona Sul, Santa Teresa e Centro, Rita Fernandes, defende uma melhor distribuição dos blocos:
" Na segunda-feira havia vários vários blocos em Ipanema e nenhum na Tijuca. É necessária essa redistribuição geográfica, mas não é a prefeitura que vai impor "
- Na segunda-feira havia vários vários blocos em Ipanema e nenhum na Tijuca. É necessária essa redistribuição geográfica, mas não é a prefeitura que vai impor. Isso tem que partir do organizador
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Na Rua Dias Ferreira, os blocos que saíram causaram grande confusão. Segundo comerciantes do corredor gastrômico, o número de banheiros químicos foi insuficiente, obrigando os foliões a urinar na rua ou a procurar os estabelecimentos. Em alguns momentos, houve discussão na porta de bares e restaurantes que tentaram proibir o uso dos banheiros por quem estava na folia.

Sócio do Mok Sakebar e Minimok, Eduardo Preciado conta que gerentes e proprietários chegaram a ser ameaçados por pessoas que queriam entrar de qualquer maneira nos restaurantes. Com o trânsito interrompido, lixo na rua e o tumulto provocado pelos foliões, ele calcula uma queda no movimento de 60%, principalmente na sexta e no domingo de carnaval.
- Os clientes que se aventuravam recebiam quase que respingos de urina, porque muitos usaram as jardineiras dos restaurantes como mictórios. Há uma revolta geral; moradores e comerciantes não foram consultados sobre os blocos - diz o sócio do Mok.

Um comentário:

  1. Será? Não acredito nestas promessas. No próximo ano, a baderna terá caído no esquecimento e vamos sofrer tudo novamente.

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