CACHORRADA

Limpeza

Ipanema pode ter área de passeio para cães como forma de diminuir sujeira nas praias

Simone Candida

RIO - Para tentar resolver o problema da poluição nas areias cariocas, a Secretaria municipal de Meio Ambiente - que trabalha em conjunto com a Secretaria da Ordem Pública (Seop) e com a Comlurb no programa Rio Praia Linda - estuda a criação de áreas públicas próximas a Ipanema para que os donos de cães levem os animais para passear.
- Estamos empenhados nisso e já pensamos em criar áreas cães nos extremos de Ipanema, no Parque Garota de Ipanema e no Jardim de Alah para que as pessoas evitem levar os animais para a praia - disse Vera Lúcia de Oliveira, gerente de Monitoramento Ambiental da secretaria, acrescentando que a presença de restos de comida na areia é outro problema grave.
Como noticiou nesta segunda-feira Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO, a areia da Praia de Ramos, quem diria, está mais limpa que a de muitas da orla da Zona Sul. O resultado da análise da qualidade das areias de toda a cidade, divulgado pela Secretaria municipal de Meio Ambiente, trouxe algumas surpresas. No Arpoador e junto à Rua Maria Quitéria, a situação é crítica: coliformes totais e bactérias estão acima dos níveis toleráveis.


Na avaliação da secretaria, a situação nas areias está, no entanto, melhorando. A fiscalização mais intensificada da Seop contra a presença de cães nas praias estaria surtindo efeito. Segundo o levantamento, houve melhora na qualidade da areia em locais como Ipanema - que antes não era recomendável em nenhum dos três pontos onde é feita a análise e agora recebeu nota máxima no trecho da Rua Paul Redfern -, além de São Conrado (Hotel Nacional), da Barra (Quebra-Mar, Pepê, Barramares e Ayrton Senna), do Recreio (Pontal), da Prainha e de Grumari.
- Na Barra, antes constatamos que, dos quatro pontos de análise, dois estavam não recomendáveis. Agora a Barra foi totalmente aprovada - comentou Vera.
Atualmente, a prefeitura monitora a qualidade das areias em 35 pontos de praias da Zona Oeste à Zona Sul, passando pelas chamadas praias abrigadas, como as das ilha do Governador e de Paquetá, de Ramos, Sepetiba, Flamengo, Botafogo e Urca. Quando a areia em determinado trecho apresenta índices de coliformes totais acima de 30 mil e de Escherichia coli superior a 3.800, a secretaria classifica o ponto como não recomendável. No mapa de análise, que é o mesmo desde 1999, a areia do Piscinão de Ramos ainda não foi incluído. Mudança que, segundo a secretaria, será providenciada até o fim do ano. Com isso, os pontos de análise subirão para 36.

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