CRÔNICA

UMA FEIRA DE DOCES PARA ALIMENTAR O PENSAMENTO

(Autor: Antonio Brás Constante)

Todos os anos acontecem em diversas partes do mundo as chamadas feiras do livro. Essas feiras mais parecem feiras de quitutes de vários sabores, que atendem a todos os gostos dos leitores. São iguarias que alimentam o espírito e a mente, sem engordar.

As obras podem ser devoradas a qualquer momento e em qualquer lugar, em dias frios ou noites quentes e vice-versa. Os livros já vêm embalados em belas capas. Para consumi-los, basta adquirir um exemplar e sair provando seu recheio literário, sem se preocupar em sujar os dedos. Suas deliciosas páginas podem passar de mil folhas, fazendo alguns se perguntarem: “será que dou conta de ler tudo isso?”. São dúvidas que desaparecem, quando a magia da leitura acontece.

Cada livro é um doce diferente que guarda um gostinho cheio de novidades a espera de olhares ávidos pelos mistérios e encantos de suas páginas. Podemos degustar sem pressa, pois o livro não derrete, ao contrário, incendeia nossa imaginação à medida que vamos experimentando o sabor e o saber de suas histórias. A leitura transpassa os nossos olhos, invadindo nossas mentes e alterando nossas percepções sobre o mundo e sobre nós mesmos. Dispõe de características que lhe tornam um tipo de alimento não perecível, desde que se tomem alguns cuidados no seu manuseio e guarda. Cada volume possui um tempero diferente, proveniente de todos os recantos deste gigantesco globo azul. O bom de um livro é que um único exemplar pode saciar a fome literária de várias pessoas, sendo uma fonte de alimento praticamente inesgotável.

As feiras do livro conseguem demonstrar que existem opções para a televisão e o videogame, bastando para isso que as pessoas tirem um pouquinho de seu tempo para sorver o néctar extasiaste da leitura, exercitando e excitando suas mentes a cada parágrafo, pois o livro é uma academia de bolso.

Tudo acontece na velocidade de um olhar. Ao tocar em um volume com seus olhos, a pessoa imediatamente deixa de estar onde estava, passando a viver em outro mundo, em outra dimensão, pois a feira do livro é um portal de passagem para múltiplos universos. Lá você alcança o livro e o livro alcança sua alma. Mas do que um amigo imaginário trata-se de um amigo que invade nosso imaginário, com quem passamos a nos relacionar e conviver.

Por isso é importante que seja incutido desde cedo nas crianças o gosto pela leitura, para que depois elas não passem a encarar o livro como quem encara um pedaço de brócolis ou uma salada de beterraba e diga: “eu não gosto disso, eu não vou ler isso” (a propósito, eu gosto de brócolis e adoro beterraba).

A feira do livro é um lugar onde muitas vezes autores e leitores se encontram, ligados por um mesmo elo que é a obra literária ali exposta, fazendo com que suas vidas passem a ficar eternamente ligadas pelos livros que compartilham. Estas feiras são ótimos lugares para alguém se perder e ao mesmo tempo se encontrar, se perdendo em mil histórias e se encontrando no hábito saudável da leitura.

Espero que este texto tenha conseguido abrir seu apetite literário, pois quero encerrar deixando um convite para os leitores prestigiarem as feiras que vão surgindo como jardins floridos de livros pelas cidades e escolas.

ORLA DIGITAL

Governador inaugura programa Orla Digital de Ipanema

Ana Cláudia Costa

RIO - O governador Sergio Cabral inaugurou há pouco na Orla de Ipanema o programa Orla Digital, que traz iluminação especial à praia e acesso à banda larga da internet. Durante o evento, que foi encurtado devido à chuva, Cabral disse que o governo levará o acesso gratuito à internert à Baixada. Cabral aproveitou para lamentar a morte do pop star Michael Jackson e disse que irá batizar a laje no morro Dona Marta com o nome do cantor. No local, será inaugurado uma estátua de bronze de Jackson.

FAIXAS


Enviado por Renato Grandelle -


Faixas contra desordem dividem Ipanema

Dezesseis faixas dividem moradores e comerciantes de Ipanema. Parte delas, como a da foto ao lado, condena as esmolas. Outras protestam contra a compra de produtos com ambulantes.

Os avisos, criados pelo Projeto de Segurança de Ipanema, também têm os seus críticos. Ex-presidente da Associação Comercial do bairro, João Ângela Gouvêa acredita que as faixas são ineficazes e não representam os lojistas.

Já o subprefeito da Zona Sul, Bruno Ramos, apoiou a ideia. Morador de Ipanema, Bruno considerou a iniciativa uma resposta da sociedade contra a degradação do bairro.

Conheça a discussão na edição de hoje do GLOBO-Zona Sul. A reportagem também está disponível para assinantes do Globo Digital.

POLICIAMENTO

No coração de Ipanema

Sergio Cabral já definiu qual é próxima a favela carioca que ganhará um policiamento permanente, tal qual outros dois morros da zona sul carioca já têm (Dona Marta e Chapéu Mangueira), livrando-as dos traficantes - uma inédita e bem sucedida medida de segurança pública, que estendeu-se ainda à Cidade de Deus.
Será o Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, um complexo de duas favelas localizadas em Copacabana e Ipanema. A ocupação permanente acontecerá até o final do ano. Livrar esses dois bairros do tráfico é uma vitória a ser comemorada.
Para o ano que vem, a ambição é maior: fazer o mesmo na mais famosa favela carioca, a Rocinha. A ideia é botar o policiamento permanente ainda no primeiro trimestre.
Ou seja, antes do início da campanha eleitoral, para que a ocupação não seja acusada de ser peça de campanha - embora, com certeza, vá se transformar exatamente nisso: num estandarte vivo de uma bem sucedida política de segurança. Aliás, o governo do Rio de Janeiro tem em mãos uma pesquisa mostrando a extraordinária aprovação da operação de ocupação permamente, tanto dentro das favelas ocupadas quanto nas regiões em torno.
Se a ocupação permanente do complexo Cantagalo-Pavão-Pavãozinho está 100% acertada, a da Rocinha não: por causa do seu tamanho, a secretaria de Segurança não sabe ainda se terá efetivo suficiente. Os policiais que participam dessas operações fazem parte de novos efetivos que estão sendo treinados e formados especialmente para a missão.

MEIO AMBIENTE


Sacolas, agora, só de material reutilizável

O Globo


RIO - O projeto de lei do governo que prevê que as sacolas plásticas distribuídas pelo comércio sejam substituídas por bolsas feitas de materiais reutilizáveis foi aprovado nesta quarta-feira pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O projeto, enviado à Alerj em 2007, demorou quase dois anos para ser votado devido a pressões de vários grupos econômicos. Agora, ele irá para a sanção do governador Sérgio Cabral.

Dezesseis emendas de parlamentares foram incorporadas ao projeto original do governo. Elas mudaram aspectos importantes do texto, como o que previa que os estabelecimentos que continuassem a usar sacolas plásticas teriam que recomprar cada sacola por três centavos ou dar um quilo de arroz ou feijão a cada 50 sacolas que fossem devolvidas ao estabelecimento, mesmo que não tenham sido distribuídas por ele. Pelo novo texto, a troca por alimentos foi mantida. O comerciante não é mais obrigado a recomprar as sacolas, mas terá que dar no mínimo R$ 0,03 de desconto a cada cinco itens para clientes que optarem por não usar sacolas.

Os estabelecimentos também terão que colocar avisos informando que o material plástico leva mais de cem anos para se decompor. As multas por descumprimento da nova lei podem chegar a 10 mil Ufirs (pouco mais de R$ 10 mil). O comércio terá prazo de um ano (para grandes empresas) a três anos (micro e pequenas) para implementar a nova legislação. O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), afirmou que vai ouvir entidades empresariais e fazer um novo projeto incorporando alterações propostas por elas à lei aprovada ontem.

O projeto de lei foi elaborado pelo governo em 2007 a pedido do então secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, hoje ministro do Meio Ambiente. A justificativa do governo é que as sacolas trazem graves problemas ao meio ambiente, principalmente a córregos e rios, onde o acúmulo deste material ajuda a provocar enchentes nas regiões ribeirinhas. Pressões de entidades do comércio e da indústria emperraram a votação.

ORLA DIGITAL

Ipanema e Leblon receberão projeto Orla Digital nesta sexta-feira

Rio - O governador Sérgio Cabral e o secretário de Ciência e Tecnologia Alexandre Cardoso inauguram, nesta sexta-feira, a nova etapa do projeto Orla Digital. Depois de Copacabana, do Morro Santa Marta e da Cidade de Deus, chegou a vez de Ipanema e Leblon receberem o projeto de internet banda larga gratuita da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sect). O evento ocorrerá nas areias da praia de Ipanema, na Avenida Vieira Souto, em frente ao número 176 (Casa de Cultura Laura Alvim).

A parte técnica do projeto “Orla Digital - Ipanema e Leblon” ficará responsável novamente pela Coppe/UFRJ, que já administra o sistema Wi-Fi instalado pela Sect em Copacabana. A instituição disponibilizou uma página na internet para esclarecer dúvidas dos usuários em relação ao acesso, no endereço http://www.orladigital.coppe.ufrj.br/index.php.

Para colocar as antenas transmissoras de sinal, foi instalada uma rede de fibra ótica. Serão 20 pontos emissores, com capacidade para 50 conexões simultâneas.

Os serviços disponíveis serão: acesso à internet, visualização de vídeos (através da execução do tocador de vídeo, que pode ser obtido no site acima), visualização de vídeos na internet, uso de programas de comunicação instantânea e acesso a serviços do governo e prefeituras, através de seus respectivos sites. Já programas como o Microsoft Outlook, que gerenciam e-mails no computador do usuário (usando protocolos POP e IMAP), e programas Peer-to-Peer (P2P), como e-mule, bittorent e outros, não poderão ser usados. Segundo Luís Felipe Magalhães de Moraes, coordenador técnico do programa e professor da Coppe/UFRJ, não haverá limitação no tempo de acesso de cada usuário.

A área de abrangência do projeto será a das orlas de Ipanema e Leblon, mas será possível captar o sinal nas ruas e apartamentos mais próximos. O investimento total ficou em R$ 1,1 milhão, conseguido através da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. (Faperj).

Como nas outras instalações do Orla Digital, durante três meses serão oferecidas, diariamente, das 8h às 22h, oficinas de informática num quiosque montado na praia com computadores, para quem quiser usar e conhecer mais sobre o mundo virtual. A grade de aulas será similar às oficinas de Copacabana, Botafogo, da Cidade de Deus e do Chapéu Mangueira (que ainda não tem o projeto Orla Digital, contando apenas com o quiosque e os cursos.).

“É uma grande oportunidade para pessoas simples, como os pescadores, os porteiros, donas de casa, enfim, qualquer um pode vir aqui aprender e conhecer mais sobre o mundo virtual. Computador e internet não são apenas lazer, são aprendizado e ferramenta para comprar, vender, aprender, ensinar, enfim, possuem infinitas utilidades. O grande desafio é não vulgarizar a tecnologia da informática, mas popularizá-la. O plano é levar o programa para todo o Estado do Rio” explicou o secretário Alexandre Cardoso, acrescentando que Rocinha e Baixada serão os próximos locais a receber a internet em banda larga sem fio pelo projeto da Sect.

SONINHO GOSTOSO !!!







ERAM 3,30HS DA TARDE E OS TRÊS NO MAOIR SONINHO EM PLENA VISCONDE DE PIRAJÁ,QUASE EM FRENTE AO BOB'S ,ESQUINA DE GARCIA D'ÁVILA.
UMA BELA IMAGEM !!!!!!
CADÊ O COQUE DE ORDEM?????

BICICLETAS !!! CUIDADO !!!

Turista atropelada em Ipanema passa bem

Marcelo Dutra

RIO - A turista sueca Cristiane Oleinikufs Capua, de 38 anos, que foi atropelada, em Ipanema, às 12h55m, passa bem. Ela foi atropelada por uma bicicleta na Rua Visconde de Pirajá esquina com Rua Maria Quitéria e foi socorrida por bombeiros que a levaram para o Hospital Miguel Couto. Cristiane teve apenas escoriações e acaba de ser liberada segundo bombeiros. Há suspeita de que ela tenha sido atropelada por um ciclista em fuga, mas PMs do 23º BPM (Leblon) não confirmam a informação.

IPANEMA PLAZA

Ipanema Plaza (RJ) foca estratégia nas feiras do Exterior


A participação nas feiras de turismo é a principal estratégia do Ipanema Plaza, no Rio de Janeiro, para a captação do turista estrangeiro. Por esse motivo, a gerente geral do empreendimento, Mônica Paixão, marcará presença nos principais eventos internacionais deste segundo semestre para estreitar relacionamento com agentes e operadores dos mercados que pretende incrementar.

Atualmente, a estratégia da executiva para abrir frente com os mercados mais interessantes é alternar o destino. "Todos os anos vamos para França, esse ano resolvemos priorizar outros destinos, como Alemanha, Espanha e Itália. Itália, por exemplo, é hoje é nosso quinto mercado e há cinco anos não participávamos de uma feira lá”, ressalta.

No Primeiro semestre desse ano, a executiva já participou da BTL, em Portugal, BIT, em Milão e ITB, na Alemanha. Segundo Mônica, o retorno das participações em eventos internacionais é imediato. “Os resultados das feiras do primeiro semestre costuma acontecer no mesmo ano", comemora. Para o segundo semestre estão agendadas a participação na NBTA (National Business Travel Association), em Los Angeles; Travel Mart Latin America, no Chile, no World Travel Market, em Londres, além dos eventos nacionais: Salão do Turismo de São Paulo, Centro Oeste Tour e Feira da Abav.

DENÚNCIAS DE UM VOLUNTÁRIO

DENUNCIE VOCÊ TAMBÉM,PARA QUE POSSAMOS FAZER UM NOVO MAPA DA DESORDEM URBANA EM IPANEMA

ESSE MAPA IRÁ PARA OS ÓRGÃO COMPETENTES PARA QUE PROVIDÊNCIAS SEJAM TOMADAS.PAGAMOS CARO PARA MORAR EM IPANEMA,NÃO MERECEMOS ESSA DESORDEM !

Precisamos da sua ajuda no nosso bairro.

Segue abaixo, à titulo de colaboração, os pontos críticos observados:

1) PRAÇA GENERAL OSÓRIO : Aos domingos, onde fica a Feira de Artesanato, encontra-se um número muito grande de camelôs,vendedores ambulantes, atrapalhando os frequentadores e artesãos.

2) VISCONDE DE PIRAJÁ , KIKARNES, esquina com Rua Vinicius de Moraes : Continuam colocando vasos, caixas de mercadorias, bicicletas, atrapalhando totalmente a passagem dos transeuntes.

3) VISCONDE DE PIRAJÁ, ORTHOBOM ,ao lado do KIKARNES : Colocam vasos, triciclos, também atrapalhando os pedestres.

4) RUA FARME DE AMOEDO , bares e restaurantes em geral : Tomando a calçada onde os pedestres são obrigados a passar pela rua.

5) RUA VINICIUS DE MORAES : Nota-se a continuação de 04 carrinhos "burro-sem-rabo" , também atrapalhando os pedestres e emporcalhando a rua!

6) BAR E RESTAURANTE ALEX - RUA VINICIUS DE MORAES : Ruidos de música ao vivo até de madrugada, às sextras, sábados e domingos, atrapalhando o sono dos moradores.

7)RUA VINICIUS DE MORAES COM RUA NASCIMENTO SILVA : Mesas e cadeiras na rua do bar que fica na esquina.

8) RUA JOANA ANGÉLICA, NA PRAÇA N.SRA.PAZ, EM FRENTE AO BANCO DO BRASIL : Está formado, faz tempo, um grupo de moradores de rua, que faz abordagens às pessoas que necessitam ir ao caixa eletrônico do BB , principalmente nos fins de semana, onde intimidam as pessoas e fazem assaltos.

9) RUA MARIA QUITÉRIA ENTRE AS RUAS VISCONDE DE PIRAJÁ E PRUDENTE DE MORAIS : Existem 02 bares onde fica com música ao vivo ate de madrugada.

10) RUA VINICIUS DE MORAES : Há uma viatura da Prefeitura, um Chevy branco,com locotipo, que estaciona após 20:00 hs
em local proibido, na rampa de calçada; o usuário que é segurança da PIZZARIA CAPRICIOSA, alega que é funcionário da Prefeitura e tem permissão.

11)RUA VISCONDE DE PIRAJÁ E ADJACENCIAS : Não se vê mais a presença de Guardas Municipais, que estão deslocados todos para Av. Vieira Souto; enquanto que os assaltos continuam acontecendo frequentemente nas àreas da Prudente de Moraes, Visconde de Pirajá e Praças, incluindo aí os locais onde ficam bancos com caixas eletrônicos.

Gostaríamos de um retorno de sua administração.

Atenciosamente,

AVISO AOS NAVEGANTES



Ipanema e Leblon ganham rede sem fio gratuita de acesso à internet


O Globo

RIO - Quem estiver nas praias de Ipanema e do Leblon já pode surfar gratuitamente na internet. Isso porque os 20 pontos emissores de sinal sem fio à rede de computadores já estão funcionando, ainda em fase de testes. A inauguração oficial está prevista para sexta-feira, dentro do programa Orla Digital, que já cobre Copacabana e as comunidades de Santa Marta e Cidade de Deus . De acordo com o Secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, a Rocinha e a Baixada Fluminense serão os próximos locais beneficiados pelo programa.

O Rio de Janeiro já é a cidade mais digital do mundo. São 350 mil pessoas beneficiadas, somando os moradores de Copacabana, Ipanema, Leblon, Cidade de Deus e Santa Marta. E, para as Olimpíadas, oferecer a conexão sem fio à internet na orla é um passo sensacional - disse o secretário.

Cada um dos locais emissores de sinal tem capacidade para 50 conexões simultâneas. A área de abrangência é a orla, mas também será possível captar o sinal de algumas ruas de acesso e parte dos apartamentos mais próximos. Além do acesso sem fio à internet, o governo do estado montará um quiosque na orla com cerca de 15 computadores para ensinar usuários a usar a internet. A previsão é que o local funcione todos os dias, das 8h às 20h, por 60 dias. Também há uma página na internet explicando detalhes técnicos do programa e dando respostas às perguntas mais frequentes: .

O RIO -de MILTON LEITE
















Enviado por Aydano André Motta -
A terra que bate um bolão

O Rio de... Milton Leite

O paulista Milton Rodrigues Leite, 50 anos, é um dos melhores locutores esportivos do Brasil (na foto, ele aparece em ação, na abertura dos Jogos Olímpícos de Pequim). Seu estilo, perfeito para TV a cabo, mistura a emoção necessária ao ofício com doses generosas de informação e opinião, típicas de um especialista no assunto. Atualmente na África do Sul, cobrindo a Copa das Confederações, ele hoje à tarde vai narrar Brasil x Itália para o Sportv, onde trabalha atualmente. As visitas ao Rio, normalmente a trabalho, renderam um depoimento rico para a série "O Rio de...". Milton cita vários amigos, celebra caminhadas no calçadão, rende-se à beleza de um dos nossos mais célebres cartões postais e oferece uma recordação que está no coração de todos os cariocas.

Um carioca: Chico Buarque. Lembro de um dia em que estava num restaurante no Leblon e ele passou na calçada do outro lado da rua, naquele passo acelerado das suas caminhadas. Além de ser gênio, ainda descreve em muitas canções o Rio como poucos (assim como Tom Jobim).


Um amigo no Rio: São muitos. Alguns que nem são cariocas, mas adotaram a cidade, como o paulista Luís Roberto ou o mineiro Marcelo Barreto (foto ao lado). Glenda Kozlowski, Sidney Garambone, Vitorino Chermont, Alex Escobar, Emanuel Castro, Bruno Cortes... Faltaria espaço para todo mundo.

Uma paisagem: Sempre que estou no Rio, nos meus trajetos pra lá e pra cá, faço questão de passar pela Lagoa Rodrigo de Freitas, nem que seja para ver do carro mesmo aquele cenário. É um dos lugares mais bonitos (entre tantos) do Rio. Quando tenho mais tempo, uma caminhada por ali também é indispensável.

Um programa na cidade: Minhas visitas ao Rio, na maioria das vezes, são motivadas pelo trabalho. Então, nem sempre dá tempo, mas, quando posso, gosto de caminhar ou correr pela praia de Ipanema - sou um privilegiado por ficar num hotel a uma quadra da praia e algumas poucas da Lagoa.


Um lugar para comer: Normalmente sou levado pelos amigos. Antigamente gostava muito do Amarcord, ali pertinho da Lagoa. Este não existe mais. Recentemente fui jantar no Fratelli, no Leblon. Massa ótima, bons vinhos.

Uma recordação: Tenho muitas boas passagens pelo Rio, mas uma recente e inesquecível foi transmitir a final do torneio feminino de futebol do Pan de 2007, no Maracanã. O Brasil goleou, ficou com a medalha de ouro e o estádio tinha mais de 60 mil pessoas. Isso mesmo: 60 mil pessoas, numa quinta-feira, dia normal de trabalho, no começo da tarde e para assistir a um jogo de meninas. Em minha opinião, foi o ponto alto daquele evento, uma festa linda (que você relembra na foto de Marcelo Theobald, abaixo).

CRÔNICA

Crônica tirada do site - Recanto das Letras

TODA (DES)GRAÇA DE UM MUNDO NADA PERFEITO

(Autor: Antonio Brás Constante)

Existem mundos feitos de defeitos, mundos de ficção real que podem conter pedaços de descasos municipais, traços de tramóias em nível estadual, fatias de falcatruas federais, ou até corrupção em uma outra constelação.

Mas como seria um mundo nada perfeito? Provavelmente ostentaria placas luminosas logo na entrada de seu território, fazendo troça da lastimável situação de infortúnio da população, utilizando dizeres do tipo: “capital da saúde”, berço fecundo para o nascimento de fraudes como estas que vem pipocando sobre o Detran. Ou pior: “capital da educação”, e como quem estuda precisa de merenda, então porque não aproveitar e se esbaldar nas verbas da merenda escolar? Afinal são somente crianças as diretamente prejudicadas (recebendo até comida estragada), e criança não vota (ainda). Mentiras expostas ao ar livre, que parecem tentar fazer rir para não chorar.

O ingrediente ideal para se criar um terrível mundo assim, partiria da máxima onde se diz que para iludir a população é necessário apenas circo e pão. Então por que não transformar o lugar em um circo recheado de festas, torrando e desviando grandes somas, para se fingir de administrador bacana enquanto mete a mão grana.

Que tal dar uns 500 mil para o trabalhador comemorar, outros 450 mil para manter a tradição de gastos em festas neste lugar, e mais 800 mil para o carnaval (desse montante deixem que roubem uns poucos 300 mil que ninguém vai notar, basta inventar uma desculpa esfarrapada e ficará tudo explicado, a administração pública só dá o dinheiro, não tem qualquer obrigação de cobrar dos culpados, quem sabe festejar com eles então...).

Melhor seria aproveitar a farra do dinheiro público e deixar os empresários também felizes, não todos, apenas alguns afortunados, pagando viagens através do mundo com dinheiro suado do pobre assalariado, que nem transporte decente tem para ir trabalhar, estando sujeito a todo desconforto que o transtorno implantado possa causar. Mas, na referida viajem “negocial” não iriam apenas os desfavorecidos sociais de cunho empresarial, iria também com eles, a tiracolo, o primeiro gestor do lugarejo juntamente com seu amigo e candidato ao novo mandato. Tudo muito superfaturado, pois o importante é faturar. Mas... E o povo? O povo que vá trabalhar!

Enfim, a sordidez e a roubalheira reinam em todos os recantos onde possam existir estes abomináveis mundos nada perfeitos. Porém, novas eleições se aproximam, e mais do que lavar calçadas como provas de desagravo (gesto nobre e aprovado), nós devemos faxinar é com o voto, e retirar estes mercenários do cenário político, onde por tanto tempo já parasitaram. Quem sabe se buscarmos a ajuda de algum santo que saiba enfrentar dragões? Vamos eleger um são Jorge guerreiro para mudar os rumos desta deplorável situação. Não precisa nem ser o atarefado santo. Basta apenas ser um Jorge com vontade trabalhar. E salve Jorge!

E-mail: abrasc@terra.com.br
Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

QUE BAGUNÇA !!!


Enviado por Renato Grandelle -


Buracos em série na General Osório

Não tem nada pra fazer? Vá à Praça General Osório, na entrada próximo à Rua Jangadeiros, e conte quantos buracos tem no chão. Terça passada vi mais de 20 - tive de interromper a contagem para ir pra uma pauta. Meu passatempo chamou a atenção de um taxista, que garante já ter visto muita gente caindo por ali. Pior ainda para quem usa cadeira de rodas. Deles, a calçada exige uma série de manobras.

A Secretaria municipal de Obras informou que uma equipe fará a vistoria no local até terça-feira. Os reparos começariam logo depois.

PASQUIM 0 40 ANOS



O Pasquim não se levava a sério...

Imagem é tudo: enquanto a grande imprensa reproduziua sua sisudez no visual do jornal, O Pasquim ousava ao fundir texto e imagem, dando igual destaque à produção de jornalistas e cartunistas (Foto: Desiderata / Reprodução)


Neste artigo, o jornalista e pesquisador Átila Bezerra revisa a trajetória de O Pasquim

Parece piada, para gente que comemora os 40 anos de lançamento do seu primeiro número e nesse momento deve estar festejando a memória do jornal com Ziraldo, Jaguar, Luís Carlos Maciel, Miguel Paiva, Sérgio Cabral e demais da patota, no Rio de Janeiro, de preferência em algum boteco de Ipanema. Desde o dia 26 de junho de 1969, o Pasquim já não se levava a sério, eu disse, mas os militares no poder o levaram. E muito!

Pode-se dizer que a publicação de “um cartum” apenas foi o estopim para a prisão de nove cartunistas e jornalistas pelos milicos irados. Prisão que foi até matéria no New York Times. O desenho em questão era meio que uma charge - pela sua atualidade e crítica de natureza política - baseada numa montagem feita pela patota sobre um quadro (“vagabundo!”, diria Jaguar) do pintor Pedro Américo, onde Dom Pedro I às margens do riacho Ipiranga proclama a Independência do Brasil. No lugar do histórico (e questionável) “Independência ou morte!”, lia-se num balão de fala de quadrinhos: “EU QUERO MOCOTÓ!!”. Referência ao hit musical do cantor Wilson Simonal, considerado, pelos pasquineiros, colaborador da ditadura.

Imagine práticas semanais como essa chegando aos olhos dos moralistas de plantão, militares linha dura que ainda festejavam o AI-5, parte da classe média que apoiou o golpe e demais pessoas sentadas na sala de jantar. Muitas delas proibidamente se deliciando, escondidas da sociedade, a entrevista com Leila Diniz que rompia completamente com padrões de comportamento socialmente aceitos e, de certa forma, inaugurava oficialmente (mesmo após o fenômeno revista Cláudia e Carmen da Silva) a liberdade feminina no Brasil, com circulação garantida pelo IVC - Instituto Verificador de Circulação - de 220 mil exemplares, número estrondoso para um veículo da Imprensa Alternativa.

Foram cartuns, charges, entrevistas, montagens fotográficas, capas, frases lemas, ilustrações, Pasquins-novelas, Pôsteres dos Pobres que, passando pela censura de uma forma que exigia apenas uma dedução inteligente do leitor, inovaram a forma de se fazer humor, jornalismo e trouxeram a linguagem cotidiana pra mais perto da imprensa. A entrevista sem rodeios, sem edição, ou, como se dizia na linguagem jornalística, sem “copidesque”, tal qual se dá numa conversa informal, foi uma das descobertas do semanário carioca que, como diz Jaguar, “fez o Pasquim tirar o paletó e a gravata da imprensa brasileira”.

Humoristas e jornalistas que dificilmente se juntariam num veículo da chamada grande imprensa de então, por serem muito talentosos e custarem caro, marcaram as gerações dos anos 1970 e 80 com suas pautas regadas a uísque e discutidas no Jangadeiro’s ou no Zeppelin. Paulo Francis, Sérgio Cabral pai, Tarso de Castro, Ivan Lessa e Luís Carlos Maciel exclusivamente nos textos. Escrevendo ou desenhando vale lembrar cartunistas/jornalistas como Jaguar, Ziraldo, Miguel Paiva, o convívio da velha geração com uma de novos, como o mestre maior Millôr Fernandes, Luis Fernando Veríssimo (que também desenha, viu?!) e mais no traço o mineirinho Henfil, o inesquecível Fortuna, Claudius, Nani, e a aparição de alguns dos Cassetas, como Hulbert e Reinaldo, sem esquecer a participação especial de nosso Mino.

Os personagens das tirinhas passaram a ser familiares ao leitor brasileiro. É o caso da Graúna, de Zeferino, dos Fradinhos, de Ubaldo, o paranóico, e do Cabôco Mamadô - de Henfil; da Supermãe, dos Zeróis e de Jeremias, o bom - de Ziraldo - e também de Tânia, a fossa, da Anta de tênis e do inesquecível ratinho Sig - de Jaguar - mascote e avatar do Pasquim, que até hoje vem facilmente à memória como identidade do jornal. Sig acompanhava o espírito de cada edição, rindo das adversidades, servindo como mini-editoriais desenhados e, como se diz hoje, tirando muita onda da própria situação que os contextos social e político da época traziam aos que sonhavam com dias melhores.

Texto/ imagem

No Pasquim, de uma maneira particular, o texto, o desenho e os contextos dialogavam, complementando-se. Outras vezes agiam separadamente, mas unidos ao longo das páginas na construção editorial e gráfica do jornal, sendo a caricatura e suas subdivisões - desenho de humor, charge, cartum e tirinhas - marcas de identidade do jornal. Mas quem pensa que o Pasquim se resumiu apenas à crítica a ditadura, se engana. Tudo era motivo de pauta para os pincéis e as máquinas de datilografar nas edições do Pasquim: política internacional, artes, comportamento, problemas sociais. Diz-se que o jornal carioca foi quem cunhou pela primeira vez a palavra Ecologia na imprensa brasileira e a gíria que se tornou palavra, “dica”, em trechos curtos que valiam como notas que iam de teatro, cinema e literatura até opiniões rápidas sobre política, economia, fatos internacionais ou mesmo sobre a própria ditadura.

Quem pensa também que era um jornal da esquerda oficial, enganou-se novamente. Era de esquerda, sim. Mas mais pra esquerda festiva - nem um pouco careta ou sectária. Esquerda festiva tipo banda de Ipanema, réveillon de Albino Pinheiro, tanga de crochê de Fernando Gabeira na praia - que publicou “O que é isso Companheiro?” pela editora do Pasquim, a Codecri - ou mesmo Betinho - o irmão do Henfil - sendo carregado nos ombros da multidão no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, vindo do exílio.

Hoje, cartunistas consagrados como Angeli e Laerte e publicitários como Washington Olivetto, da W/Brasil, além da turma do Casseta & Planeta, admitem as influências do Pasquim. Tentativas de recuperar o passado foram feitas por Ziraldo e Jaguar com a revista Bundas e o jornal O Pasquim 21. Muito talento para um público que parece ter migrado cada dia mais para o humor na Internet. Por falar nisso, se formos para nossos dias, podemos pensar que fotomontagens em blogs como Kibeloco ou Jacaré Banguela devem muito à escola Pasquim. Desde 2007, estão sendo lançadas antologias com material diverso publicado no Pasquim, pela editora Desiderata, e que se você quiser ter na sua biblioteca vai te proporcionar horas e horas de risadas, além de ficar bonito na estante pelo seu excelente acabamento gráfico. A terceira edição - com material de 1973 e 1974 - foi lançada agora, em comemoração aos 40 anos, além de um especial de 40 páginas com algumas das memoráveis capas.

Ler o Pasquim hoje, numa pesquisa na Universidade, é se deliciar com um documento que conta a história do País sob um ponto de vista do humor, do riso, da ironia, do sarcasmo, do escárnio, da balbúrdia, da brincadeira, da galhofa. Um humor inteligente, corajoso, em desenhos que recuperaram nossa vontade de acreditar que, mesmo em meio às adversidades, é sempre possível pensar num país mais democrático, mais igualitário, mais humano. É saber que, mesmo com a seriedade que uma pesquisa acadêmica exige, somos levados pelas gargalhadas que mostram o Brasil moleque, chegando-se a conclusão que o brasileiro não leva mesmo nada a sério. E pra que levar?! Vamos comemorar os 40 anos do dionisíaco Pasquim no botequim mais próximo!

Átila Bezerra*