OCUPAÇÃO




Ocupação

Comerciantes fecham as portas em Copacabana próximo ao Pavão-Pavãozinho

Taís Mendes

RIO - O comércio na Rua Sá Ferreira no quarteirão entre a Rua Raul Pompéia e Avenida Nossa Senhora de Copacabana fechou as portas por volta das 14h desta terça-feira. Algumas outras lojas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, próximo ao local, também fizeram o mesmo. Segundo comerciantes, homens em motocicletas passaram por lá e ordenaram o fechamento a mando de traficantes do Pavão-Pavãozinho. O clima é tenso na região. Além das favelas do Pavão-Pavãozinho, o Bope ocupa desde segunda-feira o Morro do Cantagalo, em Ipanema, para a instalação de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) .

Policiais do Batalhão de Choque ainda tentaram tranquilizar os comerciantes, garantindo a eles que poderiam manter os estabelecimentos abertos, mas não foram ouvidos. Para piorar o clima, moradores denunciaram, mais cedo, que policiais estão invadindo as casas e agindo de forma truculenta com a população dos morros.

Pela manhã, o governador Sérgio Cabral confirmou, em entrevista à rádio CBN, que mais duas comunidades de Copacabana, na Zona Sul do Rio, terão Unidades de Polícia Pacificadora: o Morro dos Cabritos e a Ladeira dos Tabajaras , como o jornal O GLOBO antecipara na edição desta terça-feira.




Que comunidades devem ser as próximas a receber a Polícia Pacificadora?

- Ainda teremos mais duas comunidades em Copacabana, e, com isso, vamos chegar a mais de 130 mil pessoas livres no seu cotidiano da presença do poder paralelo seja a milícia, no caso do Batam, seja o tráfico, no caso da Babilônia, do Chapéu-Mangueira, do Dona Marta, Pavão-Pavãozinho e dessas duas comunidades que já estão apontadas hoje que também já estamos com operações.

Segundo Cabral, a equipe de segurança optou por iniciar pelas comunidades mais difíceis, que seriam Pavão-Pavãozinho e Cantagalo.

- Nós sabíamos que enfrentaríamos problemas porque se trata de uma área muito rentável para o tráfico. Há quem diga em R$ 200 mil a R$ 300 mil por semana. Evidentemente, saberíamos que haveria resistência.

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