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Barracas na areia
Rio,14/12/09

Caros,

Venho acompanhando o trabalho por vcês desenvolvido ao longo de nossa orla. Parabenizo a disposição para colocar ordem em um espaço tão diverso e que durante muito tempo permaneceu esquecido.

Sei que o trabalho é arduo e díficil, visto que, anos e mais anos se passaram, sem que o poder público em parceria com o poder privado e o cidadão carioca, de forma conjunta, buscassem alternativas para que nossas praias permanecessem lindas como no nosso imaginário.

O uso cada vez mais amplo da orla e do universo praiano, seja para o lazer, o social ou o esportivo, faz com que seja necessário um cuidado maior com esse espaço público tão querido de todos.É preciso divulgar mais as normas praianas para que se possa cobrar depois. A midias, televisiva e impressa, através de campanhas educativas podem contribuir sobremaneira na educação praiana.

O lixo, problema séríssimo, parece ter conquistado a simpatia dos governantes que viram que a COMLURB sozinha, muito embora realize um trabalho muito bom,não consegue dar conta do recado.O lixo produzido num final de semana de praia é maior do que sua capacidade de limpar. Neste verão passaram a investir em campanhas que parecem surtir efeito. O carioca começa a respeitar o espaço público, como um espaço de todos e, que portanto, tem que ser cuidado. Todos se benefeciam.

Agora é necessário investir em outras áreas praianas. É preciso conscientizar o público que frequenta o universo praiano que vidro e bebida alcoolica não combinam com praia. Sempre foi proibido a venda de bebidas em recipentes de vidro nas praias do Rio de Janeiro, e ,como até pouco tempo atrás, todas as cervejas eram vendidas em recipientes de vidro,não havia latas de alumínio, portanto, não era um item praiano, muito embora combine bastante com verão e Rio de Janeiro, assim como a coca cola e o guaraná que também não eram vendidos na praia. A bebida da praia era o mate e a limonada, vendidos em copos de papel. Hoje, o alumínio conquistou o mundo praiano e o vidro começa a ganhar espaço. Tem um custo menor e gela rapidamente e, embora proibido vem conquistando o público praiano. É perigoso e um elemento cortante, provocando sangramento intenso e corte profundo. É preciso alertar e ser firme em não permitir a venda de qualquer bebida em recipiente de vidro na orla e praias do Rio. Ganharemos todos.


As novas barracas dos ambulantes, que me pareceram frágeis e pouco duráveis, começam a ser testadas.. Espero estar enganada mas, no meu entendimento não são ideais. Parecem pequenas e terão problema com o vento forte. Espero estar enganada. Mas o que preocupa mais é saber que permanecerão na areia ao longo da noite. Pelo que fui informada, a ordem é que ao final do dia as barracas permaneçam na areia. Como será feita a fiscalização da população que permanecerá à noite nessas barracas? Ou vcês acham que não ficará ninguem ali.? E a degradação das areias que já contam um número enorme de estacas de redes de volley e agora terão também a companhia da barracas? Se realmente for esta a decisão é preciso que seja revista. Porque do contrário teremos a favelização de nossas areias.

Parabenizo a todos pela busca de uma orla mais civilizada e com lei e me coloco à disposição para contribuir para um Rio de Janeiro praiano mais educado e civilizado.

Bom natal,

Claudia Braga Gaspar.


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