VIOLÊNCIA



Morte no Arpoador traz à tona discussão sobre a necessidade de ampliar o uso de armas não letais


O Globo

RIO - A morte de um homem trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de ampliar o uso de armas não letais pela PM. O homem foi morto a tiros por policiais militares , após ele reagir à abordagem dos agentes. Ele também já havia ameaçado banhistas com uma faca. Para o diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (Abseg), Vinícius Cavalcante, nesses casos, o uso de armas não letais (como gás de pimenta ou arma de descarga elétrica) evita o risco de ferir civis.

Um dos responsáveis pela criação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Guarda Municipal, o coronel Paulo Cesar Amendola também defendeu o emprego de armas não letais em situações como a ocorrida no Arpoador. O oficial ressaltou o alto risco de usar arma de fogo no meio da multidão. Para Amendola, a disseminação de armas não letais na tropa da PM é necessária. O coronel acrescentou, no entanto, que os policiais precisam receber treinamento constante para atuar nesse tipo de ação.

O porta-voz da PM, capitão Ivan Blaz, disse que a corporação já usa armas não letais. Segundo ele, os policiais atuam com Taser (pistola que dispara um dardo com um fio que provoca paralisia ao encostar no suspeito), gás de pimenta e bastões retráteis.

- A situação no Arpoador foi um caso excepcional, em que o policial fez um uso progressivo da força. O Taser não é adequado para locais com grande acúmulo de pessoas. É importante frisar que até mesmo a arma pretensamente menos letal pode matar - disse o porta-voz da PM.

Um comentário:

  1. Mais uma morte estúpida e desnecessária ocorreu hoje no Rio de Janeiro. Na praia do Arpoador, um policial militar sem arma não-letal na cintura, não teve outra opção e matou um rapaz que o ameaçava com um canivete. Nos últimos dias, o Secretário de Segurança Pública, Dr. Beltrame, declarou que precisava comprar carros de combate e não "gerenciar prateleiras com armas não-letais"... Desde o início do ano, há 450 pistolas não-letais, doadas pelo Ministério da Justiça para a Polícia Militar do Rio de Janeiro, mofando nas prateleiras do Dr. Beltrame. Se pelo menos uma destas pistolas estivesse na cintura daquele PM, o rapaz que estava com o canivete ainda estaria vivo. Quem sabe agora, o Dr. Beltrame resolva arrumar a casa, começando pelas prateleiras.

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