POLÊMICA


Carnaval de Rua

Gigantismo coloca os blocos na berlinda

O Globo

RIO - A temporada de blocos de carnaval acabou há menos de duas semanas, deixando saudades em milhares de foliões, mas também um sentimento de alívio nos moradores do Rio que não nasceram dispostos a passar horas e horas pulando atrás de um carro de som. De acordo com reportagem publicada na edição desta domingo do jornal O Globo , para achar o delicado ponto de equilíbrio entre a turma que só quer saber de samba, suor e cerveja e acha que no carnaval vale tudo (inclusive fazer xixi no meio da rua), e aquela que odeia ficar presa nos engarrafamentos e sentir cheiro de urina, a prefeitura e os organizadores dos blocos já discutem o que fazer para que o carnaval de 2010 não seja igual àquele que passou.
Um dos desafios é pôr ordem na manifestação: neste carnaval, 400 blocos foram às ruas, sendo que apenas 120 com o aval da prefeitura:

- O desafio é organizar a festa sem deixar que ela perca a espontaneidade. O bloco tem que pular por onde quiser, do jeito que bem entender - defende Cláudio Pinheiro, fundador da Banda de Ipanema.

Presidente da Associação de Moradores de Ipanema, Maria Amélia Loureiro discorda. Ela até gosta de ver a banda passar, mas desde que seja bem longe da orla:

- Este ano foi um horror. Minha sugestão é levar os blocos para o Centro do Rio, que não é residencial e tem ruas mais largas. Lá, podem fazer barulho à vontade 24 horas por dia. Até facilitaria a polícia, que deslocaria seu efetivo para um só lugar.

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