PESQUISA-CHOQUE DE ORDEM


SRZD faz pesquisa sobre os 90 dias de governo do prefeito Eduardo Paes

Anna Luiza Guimarães, Antônio Augusto Valente, Camilla Lopes, Gleriston Rodrigues, Laura Machado e Thiago Feres
Nesta terça-feira, dia 31 de março, o governo de Eduardo Paes na Prefeitura do Rio completa exatos 90 dias. Para saber da população do Rio como está a avaliação do trabalho do prefeito e o seu principal programa, o Choque de Ordem, a equipe do SRZD foi para ruas do Rio de Janeiro e ouviu 100 pessoas espalhadas pela Barra da Tijuca e Jacarepaguá; Ipanema, Copacabana e Botafogo; Tijuca, Maracanã e Vila Isabel, e o Centro. Cada entrevistado teve que dar uma nota de 0 a 10 sobre os noventa dias de governo de Paes e responder se aprovava o Choque de Ordem.
Na média dos diferentes bairros do Rio, o governo Eduardo Paes ficou com a nota de 4.96. Nos bairros da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, grandes áreas de atuação de Paes na campanha eleitoral, a sua média ficou em 5.15 e só perdeu para a média do Centro, que foi de 6.3. As piores médias foram dadas nos bairros de Ipanema, Copacabana e Botafogo; e Madureira, ambos ficaram com 4.35. Tijuca, Maracanã e Vila Isabel ficaram com 4.65.
"Ele (Eduardo Paes) até está se esforçando para manter a cidade equilibrada e em ordem. Vale a atitude e a utopia, mas o problema é como se aplicar essa ordem, coisa que ele não está sabendo fazer", disse Maria Clara Bueno, 26 anos, psicóloga.
Para Tiago Santos, 22 anos, vendedor de empada, em Ipanema, o sentimento é de arrependimento por ter votado em Eduardo Paes. "Votei nele, mas me arrependo. O que ele está fazendo com os ambulantes não é certo. Eu tenho três filhos para criar e gostaria de me legalizar, mas eles não facilitam. Também não adianta vir com grosseria, pegar nossa mercadoria e proibir a gente de trabalhar na rua, porque não há outra opção. O que eu faço? Volto para o tráfico? De onde saí para viver de forma honesta vendendo empadas? O prefeito devia conversar com os trabalhadores e encontrar soluções junto com eles. Afinal, ninguém quer ficar ilegal", explicou.
Na pergunta sobre a operação Choque de Ordem, a divisão entre os entrevistados é grande. Muitos desaprovam o método da Secretaria de Ordem Pública e outros dizem que o Rio de Janeiro está ganhando uma nova cara.
"Choque de ordem não adianta para manter a ordem, porque eles (prefeitura do Rio) tiram as pessoas de um lado e elas vão para outro lugar", afirmou Ana Cristina Mamedir Albuquerque, 32 anos, cabeleireira, moradora de Vila Valqueire.
Andréa Fernandes, 39 anos, gestora comercial, aprova a operação Choque de Ordem. "Essa operação está acabando com a bagunça que imperava no Rio", disse.

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