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Cabral anunciará fusão das Linhas 1 e 4

Marcelo Dias - Extra

O governador Sérgio Cabral deve anunciar amanhã o que, na prática, significará a fusão das linhas 1 e 4. Em vez de construir a ligação Botafogo-Barra, licitada em 1998, o metrô chegará ao bairro dos emergentes partindo de Ipanema. Para isso, será proposto que a Metrô Rio, operadora da Linha 1, faça a obra junto com o consórcio Rio Barra, vencedor da concorrência para construção da Linha 4. A ideia é começar a partir da Barra. O trecho até a Gávea seria feito pelo Rio Barra.
Já a extensão Ipanema-Gávea correria por conta da Metrô Rio, com novas paradas nas praças Nossa Senhora da Paz e Antero de Quental e no Jardim de Alá. O anúncio do governador está marcado para as 10h, no Palácio da Cidade, junto com o prefeito Eduardo Paes.
Pelo trajeto original, a Linha 4 partiria do Morro São João, em Botafogo, passando pelo Humaitá, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico. O preço da passagem, porém, inviabilizaria o projeto. Segundo o secretário de Transportes, Julio Lopes, o bilhete custaria R$ 6,40. Com a nova solução, o valor seria o cobrado hoje nas linhas 1 e 2: R$ 2,60.
- Do jeito que estava, a Linha 4 seria inviável para uso da população. A passagem a R$ 6,40 seria muito cara. Vindo de Ipanema, a demanda seria bem maior para quem sai da Barra para Copacabana ou Leblon, tornando o negócio mais interessante - explica o secretário.
Em outras palavras, a proposta - criada pelo chefe da Casa Civil, Regis Fichtner - seria uma extensão da Linha 1. Para evitar questionamentos jurídicos, o empreendimento teria duas etapas. A primeira, na área sob "jurisdição" do Rio Barra. A outra, nos domínio da Metrô Rio. O custo estimado da obra deve variar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. A construção começaria ainda neste ano.
- O governador quer essa linha e o entendimento a ser feito passa por essa integração entre Rio Barra e Metrô Rio - diz Julio Lopes.
Outra novidade a ser anunciada é a inclusão da prefeitura no negócio. O prefeito Eduardo Paes enviará uma mensagem a ser votada pela Câmara Municipal reabilitando terrenos usados como canteiros em obras anteriores do metrô e que perderam seu valor de mercado. A recuperação imobiliária desses lotes renderia, nos cálculos do governo, cerca de R$ 700 milhões. Essa seria a contrapartida governamental para a empreitada.
Com a decisão de se tocar a Linha 4, os projetos para duplicação da Autoestrada Lagoa-Barra e de um corredor expresso de ônibus articulados da Barra para Ipanema seriam sepultados pela prefeitura.
- A Linha 4 é um projeto muito mais estruturante para a cidade - conclui o secretário de Transportes.

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