CHOQUE DA BAGUNÇA

Na folga do choque de ordem, bagunça impera na Zona Sul e na Barra

Publicada em 22/02/2009 às 23h23m

O Globo

RIO - O domingo foi de sol quente, praias cheias, desfiles de blocos carnavalescos e desordem urbana. Livres das ações da operação Choque de Ordem da prefeitura, camelôs trabalhavam sem impedimentos nas avenidas Atlântica e Nossa Senhora de Copacabana e na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Um grupo de ambulantes mais ousado vendia bebidas em frente ao Copacabana Palace. Moradores de rua voltaram a tomar conta das calçadas. Na Lapa, montes de lixo causaram mau cheiro e atrapalharam a diversão dos foliões. É o que mostra reportagem de Amanda Dantas na edição desta segunda em O Globo.
Os 763 agentes da Guarda Municipal que atuaram no Centro, Barra e Zona Sul, responsáveis pela fiscalização e controle urbano, não foram suficientes para impedir o caos formado no trânsito da Zona Sul e da Barra. Na altura do Terminal Alvorada e na descida da Ponte Lúcio Costa, na Barra, houve retenções durante todo o dia. Mais de 150 veículos estacionados em situação irregular foram notificados no período da manhã.
Só na Avenida Lúcio Costa, num terreno abandonado, mais de 80 veículos foram multados.
Na Avenida Ayrton Senna, houve retenções de quase dois quilômetros. Motoristas causaram confusão ao tentar fazer retorno para fugir do engarrafamento.
Na Zonal Sul, moradores de rua e camelôs ocupavam as calçadas. Os ambulantes trabalharam livremente durante todo o dia. Ao longo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, ambulantes chegavam a gritar para anunciar os produtos. A poluição ficou por conta das latas vazias, papéis e plásticos jogados no chão.
No Arpoador, moradores precisaram driblar a falta de educação dos motoristas. Passar com carrinho de criança ou cadeiras de rodas se tornou missão quase impossível. Na Avenida Vieira Souto, deficientes tiveram de pedir a ajudados banhistas para atravessar as ruas. Carros parados em frente às rampas de acesso impediam a passagem.

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