BANDA DE IPANEMA


Banda de Ipanema arrasta multidão e causa congestionamento

A Banda de Ipanema desfilou nesta tarde pela Orla da praia e arrastou cerca de 10 mil foliões, segundo estimativa da Polícia Militar e de acordo com os organizadores o número chegava à 25 mil expectadores. Esse ano, a banda concretiza sua tradição e completa 45 anos de carnaval.

- A banda foi criada em 1965 com a intenção de afirmar a alegria da população carioca e coincidiu de ser uma época de ditadura. O carnaval é um direito do povo, havia uma censura forte mas nunca tivemos a intenção de fazer um enfrentamento direto ao regime militar. Criamos uma resistência natural ao termos entre nossos adeptos minorias como homossexuais e travestis. Mas isso aqui é uma festa de todos – afirmou o presidente Claudio Pinheiro que desde a fundação nunca perdeu um desfile.

Para o cortejo carnavalesco, o tráfego foi fechado nas vias em frente da praia e o congestionamento atingiu até o Leblon O controle de tráfego e a desobstrução do trajeto foi foram feitos por 50 guardas municipais direcionados para a região.

Ao contrário da maioria dos blocos, a Banda de Ipanema não utiliza caminhões de som, o único equipamento é um megafone. Para executar marchinhas e enredos antigos a banda conta com 50 músicos profissionais distribuídos entre instrumentos de percussão e sopro.

- É minha quinta vez que venho aqui e sempre vou voltar. O que é bom não sai de moda, fico com o sangue quente com esse ritmo todo – conta a estudante Aida Marcelino, 20 anos que vestia a fantasia de oncinha.

O engenheiro Fernando Reis, 43 anos, desfilava com uma fantasia de índio norte-americano e se sentia muito a vontade.

- Me sinto super a vontade, super bem, não percebo nenhum preconceito. Todos estão aqui para se divertir – revela o engenheiro que tem orientação homossexual.

Ambulantes vendiam bebidas livremente pela orla e o folião que precisasse usar o banheiro realmente dançava. Segundo a organização da Banda de Ipanema, não foram instalados banheiros químicos na região.

- O Choque de Ordem aos camelôs não pode ser executado agora. Nós não queremos conflito, se fazemos a apreensão de algum vendedor ambulante pode-se ter uma reação e atrapalhar a diversão de muitas pessoas. É questão de bom senso – respondeu o responsável pelas operações da guarda municipal.

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