CRIME EM IPANEMA

Denúncia antes de morte em Ipanema Pecuarista executado disse que há uma lista de policiais ameaçados Rio

- Na véspera de ser assassinado em um dos pontos mais movimentados de Ipanema, o pecuarista Rogério Mesquita, braço-direito do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho — morto em 2004 na guerra dos caça-níqueis —, disse a policiais da Delegacia de Homicídios (DH) que existe uma lista de agentes da especializada marcados para morrer.
A declaração foi feita em depoimento no inquérito que apura o atentado sofrido por Rogério, em maio.O pecuarista disse que vinha recebendo ameaças e foi alertado para que tivesse mais cuidado. Descrente da ousadia dos inimigos, chegou a comentar que nada aconteceria com ele em Ipanema, bairro onde morava com a família.
Ele tinha uma fazenda em Cachoeiras de Macacu e administrava outras cinco, entre elas as que estão no inventário do bicheiro Maninho, seu amigo de infância. Rogério disse aos investigadores que estava preocupado que alguém do seu convívio passasse informações a seu respeito aos desafetos.O corpo de Rogério foi enterrado ontem no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Os filhos mais novos da vítima não compareceram e os parentes não quiseram comentar o crime.
O pecuarista era acusado da morte do vice-presidente do Salgueiro, Guaracy Paes Falcão, e da mulher dele Simone Moujarkian, mas respondia pelo crime em liberdade.Ano passado, depois de ficar ferido na perna em um atentado, Rogério acusou o genro de Maninho, José Luiz Barros Lopes, o Zé Personal, de ter planejado o ataque contra ele e de mais oito homicídios. “Não descartamos nenhuma hipótese, mas o ponto de partida das investigações é o atentado sofrido pelo Rogério.
O inquérito está quase encerrado, com quatro suspeitos identificados”, afirmou o delegado Roberto Cardoso, da DH.

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