ABANDONO - JARDIM DE ALAH













Desordem
Jardim de Alah desafia as ações da prefeitura contra a desordem

Publicada em 24/01/2009 às 00h09m

Ediane Merola e Paula Autran

RIO - O choque de ordem da prefeitura começou há quase 20 dias, já passou pelo Leblon e por Ipanema, mas no Jardim de Alah, que fica na divisa entre os dois bairros da Zona Sul, ainda não tem data para chegar. Enquanto isso, a desordem urbana impera no entorno do parque, principalmente na Avenida Borges de Medeiros.
Ontem, uma equipe do GLOBO circulou pela área e constatou que há carros abandonados, catadores de papel que deixam burros-sem-rabo parados na via durante todo o dia e moradores de rua dormindo em barracos improvisados. Além disso, há problemas dentro do próprio jardim, que está com parte da grade e do gramado danificados. Os moradores reclamam da falta de conservação e fiscalização no local que, de acordo com a prefeitura, será alvo de um reordenamento.
Por volta das 13h de ontem, pelo menos três homens dormiam em barracos de papelão, na Avenida Borges de Medeiros, entre o Clube Monte Líbano e a Cruzada São Sebastião. Ao perceber a aproximação de repórteres, um dos catadores de papel gritou, reclamando das fotografias. Uma mulher chegou a ameaçar os profissionais, perguntando se queriam levar pedradas.
Na Avenida Epitácio Pessoa, um mendigo descansava debaixo de um ponto de ônibus.
Duplas de guardas municipais faziam ronda no Jardim de Alah, mas não reprimiam a desordem, que é antiga.
O secretário municipal de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, disse por meio de sua assessoria que não surpreende o fato de pessoas acolhidas em operações da prefeitura voltarem às ruas. Mas, segundo ele, o poder público continuará na batalha pelo ordenamento urbano.

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