E MAIL MANDADO

Vinícius de Morais vira bagunça as sextas-feira a noite


Prezados senhores, não sei se estou me dirigindo ao endereço certo, se eu estiver errado e vcs poderem me indicar o endereço de e-mail correto, ficaria muito agradecido.
Venho aqui expressar minha indignação com a balbúrdia que acontece toda sexta feira na esquina das ruas Visconde de Pirajá com a rua Vinícius de Morais, onde um imóvel, que provavelmente tem dono, é usado para churrascos, pagode e cervejadas até altas horas, onde os frequentadores são pessoas que não estão se importando com o bem estar dos moradores, provavelmente por não morarem na região. E ficam fazendo da calçada um local de festa e balbúrdia. No local funcionava um açougue, mas há meses está abandonado e emprestado aos festeiros. Um amigo meu que é corretor de imóveis, deixou de efetuar 2 vendas de imóveis adjacentes por ter ido mostar os devidos imóveis após o horário comercial de sexta feira e se deparar, constrangedoramente, com a esculhambação que o dono do imóvel está promovendo ao bairro. Churrasco na calçada, pagode, e cervejada, definitivamente fogem as tradições do bairro que é uma vitrine para a cidade e tem em sua história uma bagagem de bohemia DENTRO DE BARES, não nas calçadas e logradoros públicos.
Atenciosamente.
I.M.

ALTERNATIVA



Alternativa

Rio ganhará outras 50 estações de aluguel em sete bairros no ano que vem


Túlio Brandão


RIO - As bicicletas públicas vão ganhar a cidade em 2009. O projeto Pedala Rio - que será inaugurado em janeiro com oito pontos de apoio em Copacabana - vai se espalhar por outros sete bairros cariocas. Serão, ao todo, 50 estações com cerca de dez bicicletas em cada uma delas, que poderão ser usadas por usuários cadastrados previamente na internet no site www.mobilicidade.com.br. Veja vídeo sobre o projeto . Os equipamentos serão instalados pela Serttel, a empresa pernambucana especializada em mobilidade urbana que venceu o pregão aberto pela Prefeitura do Rio.

As oito estações de Copacabana ficarão prontas até o fim deste ano. Confira a localização e o cronograma de abertura das estações de aluguel de bicicleta.

O presidente da Serttel, Angelo Leite, acredita que as bicicletas públicas vão se tornar uma alternativa de transporte complementar importante para o carioca. Pelo menos dez dos 50 pontos de apoio previstos em 2009 serão instalados ao lado de estações de metrô, além de um perto da estação das barcas e outro próximo à estação de trens de São Cristóvão.
Na quinta-feira, diferentemente do que foi divulgado, as bicicletas da estação do Posto Seis, em Copacabana, ainda não estavam disponíveis ao público. Os equipamentos ainda passam por testes.

POLÊMICA


Polêmica

Festa de réveillon em Ipanema com música barulhenta divide opiniões




Ediane Merola

RIO - A autorização para a festa de réveillon na orla de Ipanema foi negada no fim do mês passado pelo comando do 23º BPM (Leblon) e, desde então, o evento está no meio de uma movimentada polêmica, que divide a opinião de moradores e empresários do bairro, um dos cartões-postais do Rio.


O Projeto de Segurança de Ipanema, grupo apartidário que defende a mobilização popular, por exemplo, já havia entrado com ação no Ministério Público e, ontem, enviou e-mail ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, reforçando o pedido de cancelamento da festa.


Os organizadores do evento, porém, conseguiram o apoio de personalidades que moram ou freqüentam o bairro e ainda não desistiram de obter a autorização. A queda-de-braço, porém, tem que ser resolvida logo. Até quarta-feira, a prefeitura anunciará o calendário do réveillon da cidade, que corre o risco de ficar sem a festa do Posto Nove.


O secretário municipal de Turismo, Rubem Medina, diz que precisa de uma resposta das autoridades ainda esta semana, a tempo de liberar o calendário da festa. Ele defende o evento, que estaria sendo taxado indevidamente como rave:

PINGÜIM NO ARPOADOR



Enviado por Alexandre Fernandes Costa -


EU-REPÓRTER

Pingüim é encontrado em Ipanema

No final da noite desta quinta-feira, perto das pedras do Arpoador, foi encontrado um pingüim nadando desorientado. O bicho acabou sendo capturado por pescadores locais e encaminhado ao posto policial local. O PM de plantão, Sd. De Paula, por sua vez, o encaminhou ao Posto 6, onde o pingüim aguardou, por mais de uma hora, a Patrulha Ambiental da prefeitura, que estava no Recreio. A animal gerou muito curiosidade. Ele foi levado para o Zôo de Niterói. O animal estava muito abatido, porém não apresentava ferimentos graves, apenas alguns arranhões nas patas.

PROJETO - BARÃO DA TORRE



Árvores ganharão mais espaço nas calçadas


O Globo

RIO - A Fundação Parques e Jardins vai utilizar o projeto de rearborização e de paisagismo da Rua Barão da Torre, em Ipanema, como modelo para o conjunto de árvores urbanas da Zona Sul da cidade. Os canteiros das árvores, hoje muito apertados, aumentarão em 67% - passando de 1,5 para 2,25 metros quadrados -, serão adubados e cobertos com plantas rasteiras. O novo modelo foi apresentado pela fundação depois que 32 cássias-de-sião (Senna siamea) da via foram condenadas por uma praga .

O diretor de arborização do órgão municipal, Celso Junius, explica que os novos canteiros devem ocupar o espaço da calçada onde hoje estão frades e vasos de planta - instalados por moradores para inibir o estacionamento irregular na calçada.

De acordo com a fundação, o novo projeto visa a dar mais harmonia paisagística às calçadas da Zona Sul e, sobretudo, nova vida às plantas.
O diretor da fundação esclarece, no entanto, que o projeto da Rua Barão da Torre será submetido aos moradores antes de chegar às ruas.

APRESENTAÇÃO - PARQUES E JARDINS


Assunto: APRESENTAÇÃO - PARQUES E JARDINS!

Moradores, Síndicos e Amigos da
Rua Barão da Torre:

A Fundação Parques e Jardins, através do Diretor de Arborização, Sr. Celso Junius, atende à solicitação dos moradores e da Sociedade Amigos de Ipanema e vai fazer ampla exposição do projeto de replantio e padronização para a Rua Barão da Torre.

Teremos, então, todos os detalhes e procedimentos para o replantio que acontece logo após a etapa de destoca (retirada) das árvores mortas.

Sr. Celso Junius vai elucidar quaisquer dúvidas pertinentes ao assunto e medidas a serem adotadas para restabelecer o urbanismo da rua.

Contamos com a presença de todos amanhã, sexta-feira, às dez horas, no Colégio GPI, à Rua Barão da Torre, 248 - esquina com Rua Vinicius de Moraes.
Atenciosamente,

André Rangel
Sociedade Amigos de Ipanema

ATA DA 31ª REUNIÃO

ATA DA 31ª REUNIÃO EM 09 DEZ 2008


· LOCAL: Universidade Candido Mendes
Rua Joana Angélica
· COORDENADORA: Ignez Barreto
· Nr. Participantes : 22

ASSUNTOS TRATADOS:

1-Reunião com Rodrigo Bethlem: foi considerada altamente proveitosa . Compareceram cerca de cento e quarenta pessoas e durante mais de duas horas foram debatidos assuntos de interesse do bairro.
O mais importante foi a manutenção do canal que já existia e que agora será incrementado.
É de extrema importância que todos aumentem a vigilância e denunciem tudo que for encontrado irregular, pois assim estaremos ajudando o novo Secretario a nos ajudar.

2-Feira hippie: Compareceu o Sr. Umberto Cinelli ,membro da Comissão de Administração da Feira.
Fez um resumo dos principais problemas e ficou decidido que o PSI ajudará a nova administração.
Ignez fará um contato com Humberto para coordenar como será. Telefones do Humberto: 87271095/
22880342.

3-Praça NSra. Da Paz: Claudia, que está coordenando com um grupo estrangeiro ações que visam a melhoria da Praça, apresentará um relatório na próxima reunião.

4-Reveillon: compareceram os responsáveis pela empresa produtora do evento , SRCOM, que ganhou a licitação da prefeitura, Sr. Abel Gomes – presidente e Fabio Tabach – diretor artístico e o o Delegado Marco Castro, representando o Secretario de Segurança, Dr. Beltrame.Os patrocinadores da festa são: AMBEV, ALPARGATAS IPANEMA e MTV.
O Delegado fez uma explanação do processo de autorização dos eventos , as responsabilidades envolvidas e disse estar o Secretario muito preocupado com a assunto. Declarou ainda que a decisão, seja qual for, será tomada depois de análise e testemunho de todas as partes. Manterá contatos freqüentes com o PSI.
O representante dos produtores explicou a posição das empresas envolvidas e, depois de varias alocuções, foi exaustivamente mostrado ao Delegado e aos diretores da SRCOM que o PSI não é contra eventos em Ipanema, o problema é que na praia, local aberto, e com a magnitude que certamente acontecerá, as ações de camelôs, vendedores, drogas, urina, etc, serão INCONTROLÁVEIS , como já atestou o Comte do 23º BPM. A questão de segurança que não pode ser garantida pela PM e pela GM é um item inaceitável pela população. Os ambulantes com botijões de gaz, são altamente perigosos, uma explosão de um dos botijões em um evento desta monta, ocasionará, certamente, uma tragédia. Existe também o impacto ambiental. Uma festa de 12 horas com as pessoas bebendo, se drogando, urinando, defecando e fazendo sexo na praia em que estado deixa as areias? Mais adequado seria no sambódromo. Já existe um grande evento do lado, que é a queima de fogos em Copacabana seguida de vários shows.
O PSI acompanhará de perto todo o processo e continuará tomando todas as ações necessárias para proteger nosso bairro .

A PRÓXIMA REUNIÃO SERÁ AVISADA PELO BLOG, TENDO EM VISTA OS FESTEJOS NATALINOS.

FISCALIZE, DENUNCIE, VAMOS AJUDAR O SECRETARIO RODRIGO BETHLEM
A ACABAR COM A DESORDEM URBANA. TODAS AS DENÚNCIAS PODEM SER ENVIADAS. SEJA UM FISCAL DE SEU BAIRRO. O BOM RESULTADO AS AÇÕES DE ORDEM URBANA DEPENDE DAS INFORMAÇÕS PASSADAS PELA POPULAÇÃO. PARTICIPE.


PROJETODEIPANEMA@TERRA.COM.BR

WWW.PSIPANEMA.BLOGSPOT.COM


SOLAR MENINOS DE LUZ

Almoço Beneficente

DATA - 13 / 12 /2008

HORÁRIO - 13Hs

R$ 60,00 - rodízio + 2 bebidas

RUA RONALD DE CARVALHO 55 A e B

Copacabana - Lido

SOLAR MENINOS DE LUZ

www.meninosdeluz.org.br

E MAIL DE UM VISITANTE

Além dos camelôs de dia, de noite alguns bares tomam a calçada !Sou morador da Rua João Lira no Leblon onde existe o Bar da Praia, no Hotel Marina. A partir de 19 h, os garçons colocam mesinhas na calçada da Rua, inteditando-a, pois não sequer algm espaço para passar. Passeio diariamente com meus cachorros pela rua há mais de 8 anos, e as "mesinhas" surgiram acanhadas 6 meses atrás, mas como ninguém reclamou elas proliferaram e hoje não existe mais calçada. As babás também reclamam pois tem de atravessar com os carrinhos de bebê para continuar o trajeto !Ipabacana já !
Diogo,isso é uma constante em Ipanema também.Para tentar acabar com a falta de fiscalização que impera em toda a cidade,estamos sempre mandando emails e telefonando para ;
Tel : 2299-5300 2299-5770
Temos um email para denúncias ; projetodeipanema@terra.com.br
São os endereços do IPABACANA,que até então têm nos ajudado a conter (na medida do possível)essa desordem urbana que se instalou em Ipanema e adjacências.
Reclame,mande fotos,telefone.É nosso direito como cidadãos pagadores de seus impostos.
Divulgue esses endereços e telefones.
Hoje em dia ,qualquer loja de comida se acha no direito de colocar mesas e cadeiras nas calçadas.Pura falta de fiscalização!Perdemas a cada dia o livre direito de ir e vir.Tudo é colocado nas calçadas,jardineiras,mesas e cadeiras,cones,etc....,o abuso tomou conta da cidade como um todo.CHEGA !!!!!!!Temos que nos unir,é nosso DIREITO.
RECLAME TODAS AS VEZES QUE SE SENTIR INCOMODADO !

A PASSARELA DO TOMBO




Enviado por leitora Sonia Almeida -

Eu-repórter

A passarela do tombo em Ipanema

A ornamentação de Natal em algumas ruas de Ipanema, denominada “passarela do charme”- um tapete de feltro verde cobrindo o chão - está provocando diversas quedas nos pedrestes que caminham nesses locais. Apesar de feito com a intenção de embelezar o quadrilátero mais famoso de Ipanema , o enfeite tem desagradado moradores que já tropeçaram nas abas levantadas e mal conservadas do feltro. Alguns lojistas e seguranças da área dizem ter recebido, injustamente, as aborrecidas queixas dos que tropeçam na “passarela”. Segundo eles, a prefeitura é que é responsável pelo enfeite. Duas pessoas já cairam no feltro que cobre a calçada da Joana Angélica: uma idosa ficou com escoriações no joelho e uma moça machucou o braço. Enquanto não decidem fazer uma manutenção mais rigososa, pedestres continuam tropeçando e alguns moradores de rua aproveitam a noite para tirar uma soneca na macia e glamorosa passarela verde.

PASSEIO NOTURNO

Passeio noturno de patins utiliza meia pista no Leblon e Ipanema

JB Online

RIO - Para a realização de passeio noturno sobre patins, nesta quinta-feira, a partir das 20h30, algumas vias dos bairros de Ipanema e Leblon ficarão em meia pista. O trajeto a ser utilizado é o seguinte: Avenida Vieira souto (pistas sentido Leblon), ruas Vinícius de Moraes, Barão da Torre, Aníbal de Mendonça, Barão de Jaguaripe, Almirante Saddock de Sá (lado esquerdo), Alberto de Campos, Farme de Amoedo, Barão da Torre, Garcia D´Ávila, Avenida Delfim Moreira, ruas Rainha Guilhermina, Dias Ferreira, Aristides Espínola, Avenida General San Martin (faixa da esquerda) e Rua Jerônimo Monteiro (retornando à Avenida Delfim Moreira).

SOLIDARIEDADE

Às vezes sobram aqueles medicamentos dentro davalidade, que alguém pode aproveitar e a gente não sabe o que fazer com eles...
A ASAPREV-RJ, criou o Banco de Remédios para atendimento gratuito aosaposentados de baixa renda, que não tem a mínima condição de adquirir medicamentos.O Banco sobrevive com a doação de medicamentos de pessoas cujotratamento foi interrompido.
Caso você possua um medicamento que não precisa mais ou não faça maisuso, não deixe em uma gaveta para depois jogar fora quando vencer o prazode validade, FAÇA A DOAÇÃO.
O endereço de coleta é Av. Rio Branco 156 - 20 andar sala 2021 à 2024(Edifício Av. Central ) - PODE DEIXAR NA PORTARIA DO PRÉDIO.Você pode fazer a doação também no Shoping Tijuca no SAC - SERVIÇO DEATENDIMENTO AO CLIENTE - 3 PISO.

site : http://www.asaprev-rj.org.br/

e-mail: asaprev-rj@zaz.com.br
Tels: 2544-3396 / 2524-0407

Aqui em Ipanema, na Nascimento e Silva 94, existe um Centro Kardecista que presta atendimento gratuito, médico e dentário, a Casa do Coração. Lá eles também aceitam doação de remédios, além de roupas, sapatos, etc.Nos horários em que não há atendimento, é só tocar a campainha e deixar com a caseira, de nome Bia.Conheço o lugar e é bastante sério e altamente confiável. Os faxineiros do meu edifício já foram atendidos lá. É uma outra opção, bem próximo de nós.

Olá amigos,

Não posso de deixar como opção o também kardecista Centro de Saude Solar Meninos de Luz, na Rua Saint Roman, 43, que atende diretamente o pessoal do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, há 25 anos. Sempre que disponível, os pacientes saem com o seu remédio, e a sua busca é contínua. O atendimento é gratuito. Atualmente há um dentista, um pediatra, fonoaudiólogo e psicólogos. Precisam muito, além dos remédios, de Ginecologista, um Clínico Geral e outro Pediatra para atender a imensa demanda.

Dica: Os médicos recebem constante e mensalmente amostras grátis de remédios de reconhecidos laboratórios, e quase sempre se dispõe a doá-los, é só pedir, experimentem. Será uma grande ajuda.

Aos empresários: há um projeto para auxílio financeiro do Centro de Saúde, atualmente sem qualquer mantenedor, sobrevivendo com inenarráveis dificuldades.

Obrigado,
Abraços,
Guilherme Maltaroli
8234 1249

Centro de Saúde Meninos de Luz
www.meninosdeluz.org.br
c/Nádia
2522 0954

QUE EXEMPLO !!!

Ontem,às 10,30hs,uma viatura do 23ºBatalhão da PM do Rio (placa LKR 9785 ),estacionou em frente `a Boate House,na Rua General San Martim,no Leblon.
Melhor se fosse estacionamento proibido.Mas,do carro,saíram dois PMs que foram à boate buscar um barril de chope,devidamente acomodado dentro da viatura.

ARMAZÉM DO CAFÉ




Enviado por Lydia Medeiros -

As histórias da família Modiano, narradas por um de seus filhos, Marco Modiano, poderiam bem render contos das mil e uma noites. Seu tataravô, por exemplo, um espanhol, era amigo do sultão da Turquia, que cedeu a ele a exploração das docas de Smir. Passou à posteridade no clã como "flanelinha de cais do porto". Mas o sangue de negociante o levou além da cobrança de pedágio dos navios atracados: abriu um entreposto para receber as mercadorias. Deu certo. O filho do "flanelinha", bisavô de Modiano, nunca precisou trabalhar.

O Modiano do século XXI, hoje com 60 anos, trabalhou bastante até chegar às oito lojas do Armazém do Café espalhadas pelo Rio. E desde cedo. Filho de pai espanhol - um engenheiro têxtil que não herdou a veia de comerciante -, aos 13 anos o garoto catalão chega ao Brasil com a mãe, italiana. Não demorou muito para o menino se integrar perfeitamente à rotina carioca de escola (francesa), futebol e praia, em Copacabana. O avô, porém, achou que a vida estava mansa demais. Reuniu-se o conselho familiar para decidir o que fazer. A praia foi trocada pelo escritório do grupo Ouro Fino, do tio, até os anos 70 o maior exportador de café do país.
- Aprendi o beabá do café. Foi "passionante" - conta.


Modiano lembra que recebia 45 cruzeiros mensais, como estagiário. O classificador-chefe de café, 950.
- Aquela era minha meta - lembra.
Por volta dos 16 anos, num julho que, imaginava ele, teria férias, foi enviado pela família ao interior do Paraná, onde a empresa comprava os grãos. O que se anunciava como castigo virou uma passagem pelo paraíso. No Rio, a vida era mais vigiada, não podia dirigir. No meio do mato, a liberdade era total. E o sucesso com as meninas também.

- Era um cenário de faroeste; gente a cavalo, com rifles enormes. E o escritório da Ouro Fino parecia a ONU, de tantos estrangeiros. Meu tio dava emprego para todo mundo. E eu era a novidade da cidade.
Mas havia um vestibular a fazer e a escolha foi o curso de economia, na PUC. O país estava sob uma ditadura militar, e o Rio vivia a agitação estudantil que marcou a época:
- Eu era comunista em casa e burguês na faculdade.

Numa das inúmeras passeatas estudantis do final dos anos 60, a namorada de Modiano terminou presa. O rapaz achou que deveria fazer alguma coisa. Acionou o tio-empresário, que tinha contatos com as autoridades. Logo depois, Modiano entrava num carro com oficiais estrelados, rumo à cadeia. Ao chegar, achou que seria tratado pela moça como herói. Estava errado. Ouviu uma estrondosa vaia e, claro, perdeu a namorada.

Modiano confessa que não era exatamente um acadêmico. Gostava de história, geografia e matemática financeira. Nas outras matérias, estudava o suficiente para passar:
- Mas eu queria ganhar dinheiro.
No início dos anos 70, o café voltaria a ter papel importante no rumo da vida de Modiano. Deveria fazer um trabalho sobre o assunto para uma das disciplinas da faculdade. Teve sucesso. Ganhou uma bolsa de estudos de seis meses no Ibmec. Logo depois, foi para a Bolsa de Valores. O salário, quase aqueles 950 cruzeiros que o classificador-chefe da Ouro Fino recebia. Da Bolsa, fez carreira em alguns bancos de investimento e sempre lidou com clientes do ramo do café. Em 1983, montou uma consultoria, com dois sócios, levando a clientela do banco.
Modiano teve altos e baixos na vida financeira, seguindo os humores do mercado. Até que cansou da gangorra. Lembrou de um verso do chansonier francês Charles Aznavour: "Il faut savoir quitter la table" - é preciso saber deixar a mesa.

- Eu não queria ser o mais rico do cemitério - diz.
Pegou a família (mulher de duas filhas pequenas) e foi para o Canadá. Durou pouco. O estranho sotaque francês de Montreal (para quem foi educado no idioma de Balzac) e o clima gélido pesaram mais do que a oferta de gerenciar, com direito a cotas, hotéis da rede Holiday Inn. Voltaram.

Em viagens à Europa, Modiano sempre observava com olhar mais agudo do que o do turista as casas de café. Não apenas os tradicionais cafés europeus, mas lugares onde a bebida café era a atração principal. Até que, no governo Fernando Collor, aconteceu a desregulamentação do mercado cafeeiro. Ou seja, o café deixou de ter preço tabelado e o país, maior produtor mundial, poderia ter acesso aos melhores grãos, que eram apenas exportados.

- A porta abriu. Fui às vestais do negócio e me chamaram de louco. Disseram que ninguém tomava café no Brasil e que eu estava fadado ao fracasso. Mas eu tinha a cabeça na Europa e resolvi fazer uma "viagem de japonês", exploratória. Passei por Espanha, França e Itália. E decidi: vou fazer uma casa temática de café.


O capuccino do Armazém

A primeira premissa para o negócio foi decidir torrar o café que seria vendido, para ter em mãos o controle de qualidade. Não foi fácil abrir a primeira loja, na Rua Maria Quitéria, 77, na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, em 7 de julho de 1997 - o número 7 se repetiria ainda em outros endereços da marca, como um amuleto. Foram quatro meses de obras que Modiano chama de via crucis - repetida depois nas outras sete lojas, em Ipanema, Leblon, Centro e Barra. Todas têm decoração semelhante: painéis que ocupam paredes inteiras, pintados pelo artista Marcos Vasconcelos, que retratam fazendas de café, e artefatos de antigas empresas do ramo. Na loja da Maria Quitéria está a máquina de torra artesanal que ele mesmo operou, no interior do Paraná, presente do primo Eduardo Modiano, ex-presidente do Bndes.
- O negócio foi um sucesso. Primeiro, pela novidade de poder comprar café em grão de ótima qualidade. E também por ser um lugar para o público feminino. Antes, café era coisa de homem, no balcão.

Nas lojas há ainda os apetrechos do mundo do café - cafeteiras, garrafas e jarras térmicas, máquinas de expresso, canecas, louças, charutos e cigarrilhas cubanas. Modiano vende apenas grãos brasileiros, apesar das facilidades da globalização. Diz que agora pode pôr em prática seu "lado esquerdista", apagado na juventude.

- Sou um xenófobo em café. O Brasil tem a maior produção mundial, em qualidade e quantidade. E é o segundo maior consumidor, depois dos estados Unidos. Não passa pela cabeça de um francês comprar vinho de outra nacionalidade. E café é um vinho sem álcool - explica.
O empresário não teme a concorrência da rede americana Starbucks, prestes a abrir uma filial no shopping Leblon. Na semana passada, ele disse à coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, no GLOBO, que vender café de procedência estrangeira no país era um crime de lesa-pátria, mas que a rede teria a vantagem de difundir o hábito da bebida.

No Armazém, são oito os tipos de café, que podem ser vendidos em grão ou moído, com destaque para o Frevo, orgânico, de Pernambuco - o mais caro: R$ 3,90 a xícara. Ou o Mambo, um café "lavado" - suave - do Sul de Minas, a R$ 3 a xícara. De cada loja, saem em torno de 500 xícaras por dia. Das oito, até 37 mil sacas de café por mês.

O dono percorre diariamente as oito unidades, comanda a torra do café, hoje feita por duas máquinas na loja da Barra. Toma até oito xícaras por dia - segundo ele, a dose "permitida por lei". Carrega dois celulares e pára tudo quando um deles começa a tocar a "Marseillaise", o hino francês: é a mulher quem está chamando.


ALUGUEL DE BICICLETAS

Sistema de aluguel de bicicletas começa a funcionar na quinta-feira


Bruna Talarico,

JB Online


RIO - Todo cidadão com mais de treze anos e posse de cartão de crédito terá direito ao uso gratuito de uma bicicleta – pelo menos no Rio de Janeiro. O projeto municipal Pedala Rio, que inaugura as oito primeiras estações de empréstimo, em Copacabana, nesta quinta-feira, parte de premissas simples. E, baseado no exemplo europeu, tenta trazer à terra do samba um gingado diferente, onde o ciclismo irá misturar o lazer, na orla, à carência de uma integração com os transportes de massa, no resto da cidade.

Nos primeiros três meses de funcionamento do sistema, cinco estações na orla de Copacabana e três no metrô do bairro irão servir de modelo, junto com Ipanema, Leblon e Lagoa, para as outras 50 áreas que serão atendidas, em 15 meses.

De acordo com Sergio Porto, diretor adjunto do Instituto Pereira Passos, responsável pelo projeto, a idéia é assistir a toda a cidade, fazendo da bicicleta uma peça-chave na integração com ônibus, trem e metrô.

– Não é só lazer, é um modo alternativo de transporte – atenta Porto. – É um serviço fundamental na integração com o sistema de transporte de massa.

Se bem-sucedido, o IPP abrirá licitação para empresas interessadas em administrar as áreas não beneficiadas na primeira fase de implantação do projeto. A Serttel, companhia responsável pela administração da etapa piloto, ficará com a concessão das estações de Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Aterro, Botafogo, Flamengo, Centro e Tijuca.

Segundo Carlos Farache, executivo da Serttel, o cadastro e a utilização das bicicletas acontecerá de maneira simples e rápida. Basta um pré-cadastro na internet e uma ligação para o centro de atendimento do serviço na hora da utilização. As bicicletas ficarão disponíveis por meia hora, mas o uso pode ser renovado gratuitamente 15 minutos após a entrega em uma das estações, todas autônomas e monitoradas eletronicamente.

– A lógica é que haja rotatividade – explica Farache, agregando que o fornecimento do número do cartão de crédito serve de garantia contra casos especiais. – O serviço só é gratuito nos primeiros trinta minutos. Se a pessoa quiser ficar com a bicicleta o dia todo, sem devolver, paga uma taxa. Assim como se a bicicleta desaparecer.

Medidas preventivas já foram pensadas para o caso de assalto a clientes. Os usuários deverão, neste caso, registrar a ocorrência e levar o documento até a empresa, que ainda não contratou uma seguradora para proteger o equipamento. Já no caso de desaparecimento, haverá abertura de processo. Para tentar garantir a segurança dos usuários, vigias circularão de moto e farão ronda nas estações. Qualquer problema no equipamento será resolvido pela equipe móvel da Serttel.

DESAFIOS DO PREFEITO



Desafios do prefeito eleito

Levantamento aéreo comprova que casas de favelas da Zona Sul estão virando prédios


O Globo

RIO - A ocupação das favelas do Rio obedeceu à lógica do cobertor curto na administração de Cesar Maia. Em algumas comunidades da Zona Sul, respaldado pela ecobarreira e por outros instrumentos, o prefeito chegou a falar em contenção do crescimento horizontal. Como não há obstáculo que impeça construções para o alto, a cidade viu surgir na gestão de Cesar a explosão do crescimento vertical das favelas. Num sobrevôo realizado esta semana com o diretor da Associação de Moradores do Alto Gávea (Amalga), Luiz Fernando Penna, repórteres do GLOBO identificaram a consolidação da verticalização nas comunidades do Parque da Cidade, da Rocinha e da Chácara do Céu, todas no entorno de um dos mais belos cenário do Rio, o Morro Dois Irmãos.
As imagens mostram que nas três favelas praticamente não há mais casas de um pavimento. Uma das construções na Parque da Cidade - originalmente um prédio de quatro andares - foi ampliada e agora tem sete pisos. Os três últimos andares ainda estão sem reboco, o que indica que a obra foi feita recentemente.

Sérgio Dias, que assumirá a pasta da Secretaria municipal de Urbanismo na gestão do prefeito eleito Eduardo Paes, reconhece o problema da verticalização. Ele promete fiscalizar de uma forma mais eficaz a entrada de materiais de construção nas favelas da cidade.