POSTURAS .E DAÍ ?















Posturas. E daí?

Ao fim de sua gestão, prefeito publica código de normas desconhecidas e não fiscalizadas

Publicada em 20/09/2008 às 00h03mO Globo

RIO - A pouco mais de três meses de terminar uma seqüência de oito anos de gestão, marcada pelas críticas à sua atuação no combate à desordem urbana, e a 15 dias das eleições, o prefeito Cesar Maia publicou nesta sexta-feira, no Diário Oficial, o que chama de novo Código de Posturas Municipais do Rio. E o texto, definido pelo prefeito como uma compilação de leis já existentes, já nasce com cara de que não deve sair do papel. Os próprios órgãos da prefeitura admitem dificuldades para fiscalizar o cumprimento das normas.
Há artigos curiosos, como o que obriga todos os cães a circularem com placas com nome, identidade e CPF do proprietário, sob pena de apreensão do animal.
Nesta sexta, bastou uma ronda de pouco mais de duas horas pela orla da Zona Sul da cidade, para repórteres do GLOBO verificarem uma série de descumprimentos do código. No Leblon e no Arpoador, cachorros circulavam livremente pela areia. Somente por estarem soltos e sem identificação, eles já deveriam, de acordo com a lei, ser apreendidos.
Ainda na orla, mais irregularidades. Ao contrário do que determina o código, quiosques em Ipanema e no Leblon exibiam publicidade em mesas e cadeiras. Também não faltaram camelôs, que, pelo texto da lei, devem ser multados em R$ 457,88 pelo exercício da atividade. Se estiverem em local que impeça a passagem de pedestres, ainda ficam sujeitos a uma nova autuação no mesmo valor.


E MAIL DE UM COLABORADOR

19/09/08 23:58
De:
F.V.
Para:
projetodeipanema@terra.com.br
Assunto:

Flanelinhas

Sou morador da av. Rnh. Elizabeth da Bélgica e, tanto eu quanto minha esposa, estamos apavorados com o rumo das coisas por aqui. Só hoje,presenciamos da nossa janela 2 assaltos. E a novela dos "flanelinhas"(para não dizer marginais, pois para mim é a mesma coisa) continua. Adiferença é que o problema não é só de dia.
São 23:45 e há uma meiadúzia agora mesmo falando palavrões e jogando bola debaixo da minha janela. Isso mesmo, um deles trouxe uma bola e diverte-se quicando a bola no muro do meu prédio.
Liguei para 190. A atendente ficou pasma comigo. Como eu poderiaquerer que a polícia interferisse "com o direito das pessoas de ir evir e conversar numa via pública". Perguntei-lhe sobre a questão da ordem pública: não me respondeu. A lei do silêncio? "A lei do silêncio não estabelece um horário fixo", foi a resposta, e creio que nisso ela se engana. Do contrário, como a lei poderia existir, se nenhuma hora é hora para o silêncio? Disse-lhe que mandasse a viatura, e que se esta achasse que fosse tudo frescura minha e não houvesse necessidade de intervir, bastava passar adiante.
Ela não me achou um cara razoável.

PASSARELA COM OS DIAS CONTADOS



Passarela do Obelisco de Ipanema está com os dias contados

Bruna Talarico e Carolina Bellei, Jornal do Brasil

RIO - Símbolo polêmico da primeira fase do Rio Cidade e da repulsa estética em Ipanema, a Passarela do Obelisco pode sumir do mapa. Segundo o prefeito Cesar Maia, em no máximo dois meses será decidido o futuro do monumento, planejado em 1996 pelo arquiteto Paulo Casé.
Localizada na divisa entre Ipanema e Leblon, a passarela desperta reações inflamadas desde sua construção. O advogado Ricardo Lima viveu 40 de seus 54 anos no Edifício Astoria, localizado em frente ao monumento. Para ele, trata-se de uma obra superfaturada e sem propósito. A proposta da retirada representa, para o advogado, uma tentativa desesperada de arrecadação de votos para a candidata Solange Amaral, lançada pelo então prefeito Cesar Maia.
– Essa passarela não tem sentido nenhum, além de ser horrível para a estética do bairro. Só o Cesar Maia gostou – critica. – É uma coisa horrorosa e sem sentido. Com tanto lugar no Rio precisando de uma passarela, vão colocar justo aqui?
Os aposentados Bella e Julio Herszenhaut, de 70 e 80 anos, respectivamente, vivem há 35 anos no bairro e têm a mesma opinião de Ricardo. Para eles, a retirada da construção representa a já rotineira jogada política de ano de eleição.
– O Cesar Maia quer tirar isso antes que o novo prefeito tire – aponta Bella, ao que o marido agrega, desacreditado:
– Como vão deixar, em primeiro lugar, construir um negócio horrendo desses?
A Associação de Moradores do Bairro explicou que, na época da construção, foram conseguidas mais de mil assinaturas contra a passarela. A rejeição se deve principalmente à falta de finalidade da construção, imprópria para a travessia.
– A obra foi um desperdício de dinheiro público. Talvez por isso o prefeito não tenha voltado atrás antes, esperou passar mais um tempo – especula Maria Amélia Loureiro, vice-presidente da associação. – Estou planejando fazer uma manifestação no local para tentar recolher novas assinaturas e derrubar a passarela. Vou aproveitar o momento para mobilizar os moradores, já que perto das eleições a gente consegue tudo.
Para a estilista e design Alessa Migani, a estética da passarela desagrada não só moradores mas visitantes do bairro e da cidade, além de não ser funcional. Para evitar esse tipo de problema, ela sugere que a opinião dos moradores seja sempre respeitada.
– Algumas questões polêmicas deveriam ser votadas. Isso poderia evitar as discussões e o desperdício de dinheiro público – atenta. – O prefeito deveria ouvir as associações de moradores e os ativos em cada bairro e só depois optar em fazer ou não obras e mudanças no bairro.

REJEIÇÃO - FIM DA PASSARELA

19/09/2008 02:22:00

Obra não foi a única rejeitada por moradores

Rio - Ao concluir a primeira etapa do projeto Rio Cidade, em 1996, o Obelisco de Ipanema, com seus 22 metros de altura, e a passarela que o margeia não foram os únicos alvos de protestos. “Colocaram uns postes horrorosos nas ruas. Tinha a impressão de que iriam cair”, relembra a aposentada Ana Lúcia de Macedo, 57. Na época, foram apelidados de ‘postes bêbados’.
Diante da rejeição, o autor do projeto, Paulo Casé, explicou que a idéia era formar um “túnel virtual na Visconde de Pirajá”.
Receberam críticas ainda as cores usadas na reurbanização do bairro. Ipanema ganhou ruas e calçadas pintadas de vermelho, azul, amarelo, verde e branco. O destaque ficou na área do Obelisco, ponto que até então era conhecido como Bar Vinte.
Antes de a passarela ser destruída, Casé será consultado. “Ele tem o direito de autor”, afirma Cesar Maia. O arquiteto foi procurado por O DIA, mas não foi encontrado. Funcionários de seu escritório informaram que ele está viajando.

FIM DA PASSARELA



19/09/2008 02:20:00

Passarela pode 'sambar' Prefeito admite colocar abaixo parte do conjunto arquitetônico do obelisco de Ipanema, para alegria da maioria dos moradores da região. Obra foi das mais polêmicas do projeto Rio Cidade

Flávia Salme e João Ricardo Gonçalves

Rio - Construída sob protestos, com a atual função de ligar o nada a lugar nenhum, a passarela que margeia o obelisco de Ipanema pode estar com os dias contados. Em seu último ano à frente da prefeitura, Cesar Maia mostra que quer fazer as pazes com o bairro e, para isso, estuda destruir a obra que mais provocou polêmica em seu primeiro mandato (1992 a 1996). “Todos ali são contra a passarela. Além de atrapalhar a circulação, é horrorosa”, critica o comerciante Ernesto Chapa, 73 anos, dono de um salão de cabeleireiros em frente à instalação. “As demandas dos moradores são sempre analisadas”, afirma o prefeito.

Você é a favor da demolição da passarela do obelisco de Ipanema?

Cesar ressalta que apenas a passarela pode sair. O obelisco, que quando foi erguido chegou a receber apelidos jocosos como ‘falo do prefeito’ e ‘tchan do Cesar Maia’, ficará intacto no meio da Rua Visconde de Pirajá, onde foi instalado em 1996, como parte do Rio Cidade.
Funcionários da prefeitura garantem que o prefeito já impôs uma condição para acabar com a passarela, na época orçada em US$ 100 mil: quer que seja derrubada em apenas um dia, para não atrapalhar o tráfego. Técnicos, porém, já concluíram que o trabalho levaria no mínimo dois dias.
Quando começou a ser montada, a passarela provocou a ira de moradores das ruas Visconde de Pirajá e Henrique Dumont, que não queriam ‘visitantes’ passando em frente a suas janelas. “Protestamos contra a construção. Ainda hoje é irritante ter que conviver com isso”, lembra a aposentada Heloísa Simonsen, 59 anos. “Quem morava nos andares mais baixos temeu a falta de privacidade e segurança”, destaca a vice-presidente da Associação de Moradores de Ipanema, Maria Amélia Fernandes Loureiro, 55, ao explicar os motivos que obrigaram a prefeitura a mexer no projeto do arquiteto Paulo Casé, que será consultado sobre a demolição.
Enquanto esperam a palavra final de Cesar Maia, moradores se antecipam e comemoram a chance de se livrar do incômodo. “A passarela é muito feia, só deteriora a região. Destruir será ótimo”, apóia o diretor-superintendente da Associação Quadrilátero do Charme de Ipanema, Bruno Pereira. “De fato, os moradores até hoje reclamam. A obra não agradou, isso é unanimidade”, reconhece o subprefeito da Zona Sul 1, Paulo César Becker.

PARABÉNS CEL.MILLAN

Rio, 18 de setembro 2008



Prezado Cel. Millan,

Estava viajando, e só hoje soube pelo do Inspetor Cristo, da sua merecida promoção. Fiquei extremamente feliz , e venho em nome de todo o grupo que compõe o Projeto de Segurança de Ipanema, e no meu em particular, lhe dar os mais sinceros parabéns e desejar toda a sorte nesta nova etapa de sua vida. Esta promoção vem coroar uma carreira de seriedade e devoção em prol da sociedade à qual o Sr. serve com tanta dedicação. Para nós, sociedade civil, é muito gratificante ver a ética e o empenho no serviço público serem reconhecidos pelos seus superioes hieraráquicos. Temos orgulho do trabalho que vem sendo desenvolvido no nosso 23º. BPM. Mais uma vez , parabéns e um abraço
Ignez

ESTÁTUA NA CALÇADA

No meio da calçada tem uma estátua

Obra particular divide opiniões de moradores e freqüentadores da rua Joana Angélica,em Ipanema

Renata Leal

Na rua Joana Angélica,em Ipanema,uma estátua tem dado o que falar.Moradores e freqüentadores do bairro estão divididos sobre o monumento na calçada em frente ao número 173.
A estátua está no local há sete anos.É uma obra bonita,que não atrapalha ninguém.Muita gente que passa por aqui se diverte e tira foto com ela----garante José Paulo Soares,proprietário do prédio e da estátua.
Mas nem todos compartilham da mesma opinião.
__Quase tropecei nessa escultura._____reclama o morador do bairro,Guilherme Ribeiro.
De acordo como secretário das culturas,Ricardo Macieira,a estátua está em situação irregular.
__Não existe autorização para essa estátua.Ela passou por uma avaliação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana do Rio,mas o pedido foi indeferido,por critérios estéticos inadequados.___afirma o secretário.
De acordo com o secretário das Culturas,o proprietário será notificado e terá a responsabilidade de retirar a estátua do local.

DIA INTERNACINAL DE LIMPEZA DE PRAIAS E RIOS



DIA INTERNACIONAL DE LIMPEZA DE PRAIAS E RIOS
20 DE SETEMBRO
Roberto Vámos (Presidente da Surfrider Foundation Brasil)

Neste sábado, dia 20 de setembro, acontece o Dia Internacional de Limpeza de Praias e Rios. A Surfrider Foundation Brasil vai participar na organização de um mutirão que vai "varrer" algumas praias e lagoas em todo o país.As principais praias do litoral do Rio de Janeiro também fazem parte desta ação. Mas é na Praia da Macumba, no Recreio, que a Surfrider montará a sua base. A partir das 10h, você pode nos encontrar em nossa tenda azul montada nas areias da Macumba, perto do canto esquerdo da praia. Teremos camisetas e adesivos para vender (R$30 e R$2 respectivamente) e estaremos divulgando o nosso projeto Iniciativa Mar Azul.Compareçam e ajudem as nossas praias e a Surfrider Brasil.
Confira outros locais que receberão esta ação:
Rio de JaneiroPraia de Copacabana:Leme - Próximo à Pedra do Leme, onde os voluntários caminharão em direção ao JW Marriott Hotel RJ, na Rua Santa Clara.
Posto 6 - Colônia dos Pescadores - A coleta será também em direção ao JW Marriott Hotel RJ, na Rua Santa Clara.
Praia de Ipanema:Pedra do Arpoador - Posto 7, onde os voluntários caminharão rumo à Rua Garcia D'Ávila.

PRATA DA CASA



18/09/2008 03:36:00
Prata da casa no comando do PAC Engenheira moradora do Cantagalo é um dos poucos moradores com nível superior no complexo da Zona Sul

Natalia von Korsch

Rio - Aos 42 anos, todos eles vividos nas vielas do Morro do Cantagalo, em Ipanema, a engenheira eletricista Márcia Cristina de Sousa e Silva é a única com nível superior completo entre as sete mulheres da favela que trabalham de forma destacada nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, como noticiou ontem o ‘Informe do DIA’.
Ela faz parte do 1,6% dos moradores da comunidade que terminaram a faculdade, segundo levantamento socioeconômico realizado pela Secretaria Estadual de Obras. “Demorei 10 anos para me formar, porque não tinha dinheiro para pagar todas as disciplinas. No início, para conseguir emprego, não podia dizer onde morava. Sou mulher, negra e ainda moro em favela, sofri muito preconceito e aprendi com a vida a lidar com isso”, diz Márcia.
Solteira, a primogênita de cinco irmãos e tia de 11 crianças abdicou do sonho de casar e ter filhos para realizar o de ser a única da família a terminar os estudos: “Ou eu me formava ou casava, não dava para fazer os dois ao mesmo tempo. Para pagar a faculdade, tinha dois empregos. A vida para quem mora na favela é bem mais difícil”, lamenta a engenheira que venceu na profissão.
Sem planos de deixar a comunidade onde vive com os avós, Márcia é exemplo para outras guerreiras que, como ela, encontraram no PAC uma forma de voltar ao mercado de trabalho.
Todos os dias, às 7h, antes de sair de casa, Cristiane da Silva Martins passa perfume, coloca os brincos e se despede dos cinco filhos rumo ao trabalho. Aos 34 anos, a ex-copeira escolar é uma das três mulheres da comunidade que venceram o preconceito e há cinco meses trabalham como operárias nas obras do PAC.
Virar concreto, carregar baldes de cimento e usar os braços para construir os alicerces dos futuros prédios e ruas da favela são algumas de suas atribuições, exatamente as mesmas destinadas aos homens.
“No começo, todo mundo ficava olhando, estranhava um pouco nossa presença aqui. Mas, agora que já se acostumaram, esquecem até que a gente é mulher”, brinca a ex-copeira, que estudou até a sexta série do Ensino Fundamental e só trabalha com os cabelos soltos.
Em meio aos 230 colegas do sexo masculino com quem dividem o trabalho pesado, a vaidade foi a forma encontrada por elas para se diferenciar e manter a feminilidade. “Eu não saio de casa sem passar um batonzinho. Não é porque fazemos trabalho de macho que não podemos ser femininas”, explica a ex-empregada doméstica Maria Auxiliadora Vieira, 38 anos, cujos grandes brincos são marca registrada.
Em breve, novas aquisições femininas serão acrescentadas ao grupo. Elas serão responsáveis por fiscalizar o acabamento das obras e dar retoques finais ao projeto.

ASSALTOS EM IPANEMA





Bancas ainda são alvos de assaltos


Na Zona Sul, jornaleiros sofrem com os constantes roubos e com a falta de policiamento
Carolina Bellei


Um mês após o JB denunciar os freqüentes assaltos nas bancas de jornais da Zona Sul, o problema continua. Na Rua Paul Redfern, em Ipanema, a banca de Marcelo Veríssimo foi alvo de assaltantes há duas semanas. Dois bandidos armados renderam o segurança da rua, levaram cigarros, cartões telefônicos, todo o caixa e ainda pacotes de figurinhas, um prejuízo de mais de R$ 4 mil. E essa não foi a primeira vez. Em maio, assaltantes aproveitaram a calmaria do feriado chuvoso para atacar a banca. Há três anos à frente da banca, e vítimas de dois assaltos, Marcelo tomou algumas providências para tentar evitar novos ser presa fácil de bandidos.
– Não abrimos mais aos domingo e feriados. O comércio em volta não funciona e o movimento de pessoas é muito fraco, ainda mais quando chove – afirma Marcelo, que completa: – Também passei a abrir um pouco mais tarde. Antes, impreterivelmente às 6h estava aberto. Hoje, somente após às 6h30. Fui obrigado a tomar algumas precauções.
Outra medida que Marcelo pretende adotar é instalar quatro câmeras de segurança. Duas no interior da banca e as outras no exterior. O investimento de R$ 3,8 mil seria dividido com a lavanderia que funciona na frente e um prédio residencial.
Mas o jornaleiro também pretende cobrar das autoridades mais segurança na área. Segundo ele, farmácias, lojas e restaurantes foram vítimas nos últimos meses. E os proprietário se juntaram para tentar conseguir mais atenção das autoridades responsáveis.
– Distribuí um abaixo assinado para levar ao 23º Batalhão. Quero entregar pessoalmente as assinaturas para o coronel Carlos Mila, que reivindicam maior patrulhamento na região – diz Marcelo, ressaltando que pretende recolher mais de 500 assinaturas.
Sem estoque
Para evitar o roubo de mercadorias, como cigarros e cartões telefônicos – os mais procurados por bandidos – Marcelo também não faz mais estoque dos produtos na banca.
– Antes guardava tudo embaixo da bancada. Agora só trago a quantia para um dia – revela o jornaleiro. – Preenchi o balcão com balas.