Prefeitura deve receber hoje determinação da Justiça para retirar os guardadores autônomos
Fred Raposo
Uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado abre, a partir de hoje, um novo round no embate entre a Empresa Brasileira de Estacionamentos Ltda. (Embrapark) e os guardadores autônomos, pelo direito de operar vagas na Zona Sul da cidade.
Em mandado expedido na sexta-feira – e que deve chegar hoje à prefeitura – a juíza titular do TJ, Valéria Pacha Bichara, determinou que o município tome medidas para retirar dos locais de estacionamento cerca de 1.600 guardadores autônomos que atuam no sistema Rio Rotativo, a chamada Área Azul.
A medida, que precisa ser cumprida num prazo de 60 dias, ocorre menos de três semanas após operadores da Embrapark serem impedidos de atuar em oito bairros da Zona Sul – Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, Gávea, Lagoa, Jardim Botânico e São Conrado.
Tanto o Sindicato dos Guardadores Autônomos do Estado do Rio de Janeiro (Singaerj) quanto a prefeitura alegaram ontem não ter recebido a notificação. A assessoria da Embrapark comentou que a "decisão da juíza é muito clara", e que seus operadores "trabalharão normalmente" nas ruas.
Juíza valida contrato
A prefeitura afirma que aguardará o comunicado da Justiça para se manifestar sobre o assunto. Já o diretor social do Singaerj, Eduardo Luiz da Silva, anuncia que os guardadores "trabalharão normalmente, mesmo correndo o risco de serem presos".
– Não recebemos qualquer comunicado, mas determinação da Justiça tem que ser cumprida, ainda que seja absurda – protestou o diretor, acrescentando que espera a notificação da CET-Rio.
Únicos a operar as 9.049 vagas do sistema rotativo até o dia 10, os guardadores reagiram com violência à presença dos funcionários da Embrapark. Em razão dos conflitos, a Guarda Municipal foi orientada a multar apenas veículos parados sem o talão – azul ou laranja – de estacionamento.
A juíza Valéria Pacha Bichara validou ainda o contrato da Embrapark com a prefeitura, contestado dois dias após entrar em vigor pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), por supostamente apresentar falhas no processo de licitação e riscos de prejuízos para o usuário. A magistrada considerou como ilegal o parecer do TCM que, na ocasião, determinou a rescisão do contrato.
Apesar de assentir à decisão judicial, Eduardo Luiz criticou o choque entre instituições.
– Como pode o TCM dar um parecer, e a juíza achar ilegal? É o tipo de pensamento que não cabe – opina o diretor do Singaerj.
A Embrapark, que diz já ter pago R$ 1,7 milhão de outorga, reclama que seus funcionários continuam sendo ameaçados. Segundo a assessoria da empresa, operadores foram agredidos novamente no sábado à tarde e registraram ocorrência na 14ª DP (Leblon).
Será que isso está certo???!!!!
ResponderExcluirOnde é que vão colocar esse pessoal que está ficando desempregado agora???!!!!
Um diz que está certo e o outro diz que está errado!!!
País icoêrente esse nosso!!!!!
Crise!!!!!!!!!!!!!!................
Crise só existe para pobre!!