VARIEDADES


Conheça bares cinco estrelas, lugares para poucos - que gastam muito

Amorim e Joana Dale

RIO - Crise? Que crise?, diria um grupo de seletos cariocas, que - enquanto a gente vê todo mundo chorando as pitangas por causa do choque na economia global - lota bares onde um drinque custa R$ 65, uma taça de champanhe sai a R$ 100 e uma dose de cachaça pode bater os R$ 76. E esses templos, onde não chegam notícias das vítimas do capitalismo, tampouco são fenômenos ligados a tempos de vacas mais gordas.

O Bar dos Descasados, por exemplo, começou a funcionar há um mês, levando luxo e design à outrora riponga Santa Teresa; o Bar do Grill, no Leblon, também abriu as portas há pouquíssimo tempo, em setembro; e outro da mesma estirpe ainda se prepara para movimentar cifras no Copacabana Palace (leia mais no box). O quarto da lista, o Londra, no Hotel Fasano, em Ipanema, também não vê sinais de fumaça que indiquem o desaquecimento da economia.

Curiosamente, boa parte dos clientes que fazem a alegria desses pés-limpíssimos é justamente a turma que vive o dia-a-dia do tal sufoco nas bolsas: o pessoal do mercado financeiro. Seja para comemorar (sabe-se lá o quê) ou mesmo para afogar as mágoas, os negócios nem parecem estar tão ruins assim.

- Eles gostam de beber shots de cachaça (que custam de R$ 29,60 a R$ 76) - diz Thiago Mello, gerente do Bar do Grill, que fica na sofisticada casa de carnes Giuseppe.

Foi Mello que teve a idéia de abrir o bar, percebendo a necessidade que seu público - formado também por jovens executivos e consumidoras que voltavam de suas compras de fim de tarde - sentia de um lugar, longe dos "botecos de grife", onde fosse possível se entregar a um "get together informal".

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