REFORMA DO PARQUE

Disputa pode deixar 68 crianças longe do surfe

A dois meses de completar 30 anos, o Parque Municipal Garota de Ipanema – uma área de 2,58 hectares, junto à praia do Arpoador, na Zona Sul – virou alvo de disputa entre uma organização não-governamental e uma parceria que envolve a iniciativa privada e outra instituição sem fins lucrativos, ameaçando deixar ao menos 68 crianças longe do surfe.
Em uma sala desocupada do parque funciona, há 8 anos, a ONG Favela Surf Clube, que promove aulas duas vezes por semana para crianças de comunidades, como Cantagalo e Pavão-Pavãozinho.
Na sexta-feira, o diretor técnico da ONG, Alexandre Carvalho, 36, diz que a administração do parque pediu a retirada do material da escolinha. O local passará por reformas, que serão promovidas pela ONG Instituto E – presidida pelo empresário Oskar Metsavaht, criador da marca Osklen – que adotou o parque em julho, com a Grandene.
– O parque estava abandonado, não era seguro, mendigos moravam aqui dentro – diz Carvalho. – A área foi valorizada, e estão nos retirando sem ao menos sermos consultados.
A ONG fará manifestação no parque hoje, às 10h, quando serão anunciadas as reformas. A assessoria do Instituto E afirma que a remoção da ONG de surfe "não tem a ver com o projeto de revitalização".
A Fundação Parques e Jardins não foi encontrada para comentar o caso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário