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Acidente

Ipanema: multado dono do sobrado que desabou

Publicada em 22/10/2008 às 23h31m

O Globo e RJTV


RIO - O proprietário do imóvel que desabou na manhã de terça-feira na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Farme de Amoedo, em Ipanema , deixando cinco feridos sem gravidade, foi multado em R$ 18.052 por realizar a intervenção sem licença. Policiais da 14ª DP (Leblon) seguem tentando localizá-lo para prestar depoimentos. A Secretaria municipal de Urbanismo não informou o nome do proprietário. O imóvel estava protegido pela Apac da região. Um dos quatro sócios que alugaram a loja foi identificado como Sebastião Félix Neto. O advogado Dircélio Cruz disse que eles estão à disposição da polícia para prestar esclarecimentos.
À polícia, eles terão de explicar por que a obra - que transformaria o sobrado em uma lanchonete da rede Big Néctar - estava sendo realizada há cerca de um mês sem profissional responsável. O perito criminal Wellington Silva Filho, do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), autor do laudo que será encaminhado à 14ª DP (Leblon), explicou que a fachada do prédio não resistiu ao peso da estrutura interna, que vinha sendo remodelada. Segundo ele, houve uma obra de reforço estrutural no interior do prédio sem supervisão de um engenheiro e, como a fachada não era escorada, não resistiu ao peso.
O segundo andar do imóvel precisou ser removido, para evitar risco aos pedestres.
Por meio de sua assessoria, a Secretaria de Urbanismo negou nesta quarta que a fiscalização de obras irregulares na cidade seja falha.
Defesa Civil libera calçada onde sobrado desabou em Ipanema
A Defesa Civil liberou nesta quarta-feira a calçada da esquina das ruas Visconde de Pirajá com Farme de Amoedo, em Ipanema, onde um sobrado em obras desabou, na terça-feira . Três pedreiros da obra e duas mulheres que passavam na calçada ficaram feridos ( veja fotos do desabamento feitas por leitores ). De manhã, pedestres paravam em frente ao sobrado atraídos pela curiosidade e também para manifestar indignação.
Apenas o que restou do prédio continua interditado. Ainda não se sabe se uma demolição será necessária. O dono da loja ao lado está preocupado com o prejuízo.
O laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli deve ficar pronto em 30 dias. O prédio, que tinha dois andares, estava passando por reformas ( veja mais fotos ). Segundo o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), a obra era irregular. A planta do projeto arquitetônico está colada em uma das paredes com o nome do autor. No entanto, segundo o CREA, não havia um outro documento que a lei exige: Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), relativa à execução da obra.
A Secretaria Municipal de Urbanismo também informou que a obra era irregular. O proprietário tinha licença apenas para reformas na fachada, mas o prazo do documento estava vencido. No último ano, a secretaria aumentou o número de profissionais para fiscalizar obras no Rio. Agora, existem cerca de 150 engenheiros e arquitetos fazendo o trabalho. Mas para o Clube de Engenharia, esse número ainda é insuficiente para o tamanho da cidade.

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