ASSALTOS EM IPANEMA





Bancas ainda são alvos de assaltos


Na Zona Sul, jornaleiros sofrem com os constantes roubos e com a falta de policiamento
Carolina Bellei


Um mês após o JB denunciar os freqüentes assaltos nas bancas de jornais da Zona Sul, o problema continua. Na Rua Paul Redfern, em Ipanema, a banca de Marcelo Veríssimo foi alvo de assaltantes há duas semanas. Dois bandidos armados renderam o segurança da rua, levaram cigarros, cartões telefônicos, todo o caixa e ainda pacotes de figurinhas, um prejuízo de mais de R$ 4 mil. E essa não foi a primeira vez. Em maio, assaltantes aproveitaram a calmaria do feriado chuvoso para atacar a banca. Há três anos à frente da banca, e vítimas de dois assaltos, Marcelo tomou algumas providências para tentar evitar novos ser presa fácil de bandidos.
– Não abrimos mais aos domingo e feriados. O comércio em volta não funciona e o movimento de pessoas é muito fraco, ainda mais quando chove – afirma Marcelo, que completa: – Também passei a abrir um pouco mais tarde. Antes, impreterivelmente às 6h estava aberto. Hoje, somente após às 6h30. Fui obrigado a tomar algumas precauções.
Outra medida que Marcelo pretende adotar é instalar quatro câmeras de segurança. Duas no interior da banca e as outras no exterior. O investimento de R$ 3,8 mil seria dividido com a lavanderia que funciona na frente e um prédio residencial.
Mas o jornaleiro também pretende cobrar das autoridades mais segurança na área. Segundo ele, farmácias, lojas e restaurantes foram vítimas nos últimos meses. E os proprietário se juntaram para tentar conseguir mais atenção das autoridades responsáveis.
– Distribuí um abaixo assinado para levar ao 23º Batalhão. Quero entregar pessoalmente as assinaturas para o coronel Carlos Mila, que reivindicam maior patrulhamento na região – diz Marcelo, ressaltando que pretende recolher mais de 500 assinaturas.
Sem estoque
Para evitar o roubo de mercadorias, como cigarros e cartões telefônicos – os mais procurados por bandidos – Marcelo também não faz mais estoque dos produtos na banca.
– Antes guardava tudo embaixo da bancada. Agora só trago a quantia para um dia – revela o jornaleiro. – Preenchi o balcão com balas.

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