ARMADILHAS



Armadilhas

Calçadas da Zona Sul estão repletas de obstáculos como 'puxadinhos' e buracos

Publicada em 11/09/2008 às 23h51mO Globo Online

RIO - Tem uma pedra portuguesa solta no caminho. E também uma banca de jornal, uma placa de sinalização, um orelhão, uma jardineira, um puxadinho, um fradinho e muitos, muitos buracos no calçamento, numa sucessão de obstáculos que ameaçam o direito de ir e vir nas calçadas da Zona Sul do Rio. Relatório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-RJ), feito em agosto, mostra que a má conservação, a desordem urbana e os passeios públicos mal projetados viraram armadilhas para os pedestres, sobretudo as pessoas com deficiências, como informa reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Globo. Técnicos vistoriaram, entre os dias 11 e 13 do mês passado, 59 ruas, avenidas, largos e praças. Todos os locais apresentaram problemas.
O levantamento mostra que em 13 bairros da região o carioca encontra de tudo no caminho. As áreas mais críticas são Copacabana, Ipanema, Leblon, Botafogo, Humaitá e Jardim Botânico, onde as calçadas "são um retrato da desordem urbana", segundo o relatório. Técnicos do conselho encontraram casos absurdos, como o da esquina das ruas Barata Ribeiro e Xavier da Silveira, em Copacabana, em que o pedestre não tem vez: a estreita calçada é ocupada por um poste, um jornaleiro, uma lixeira, fradinhos de metal e o puxadinho de um restaurante.

A vilã que veio de Portugal

Apontada como vilã da acessabilidade, a pedra portuguesa pode estar com os seus dias de provocar tropeços contados. Segundo Rogério Freitas, coordenador geral de conservação da Secretaria municipal de Obras, no ano passado, o prefeito Cesar Maia pediu que fosse realizado um estudo de viabilidade para a construção de placas, que substituiriam as pedrinhas. Apesar da encomenda, nenhum projeto foi ainda apresentado.

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