MUDANÇAS ??

Mudanças?
Um mês após morte de estudante na porta de boate, promessa de redução de policias não foi cumprida

RIO - O governador Sérgio Cabral e a Procuradoria Geral de Justiça não cumpriram a promessa, feita há 30 dias, de diminuírem o número de policiais a serviço de promotores, como revela Ronaldo Braga em reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta sexta-feira . A promessa foi feita logo após o policial militar Marcos Parreira do Carmo, em liberdade, ter matado, com um tiro, o estudante Daniel Duque, de 18 anos, na saída da boate Baronetti. O policial acusado fazia a segurança do filho da promotora Márcia Velasco no momento do crime. Segundo a assessoria de imprensa da Promotoria de Justiça, não foi realizada nenhuma mudança no setor desde o dia do crime.
Solto pela Justiça no dia 14 de julho passado, para responder ao processo em liberdade, o PM Marcos Parreira do Carmo, que voltou a trabalhar no dia seguinte, continua lotado na Diretoria Geral de Pessoal. Ele continua sendo submetido à Comissão de Revisão Disciplinar da PM. Atualmente, realiza apenas serviços burocráticos.
O advogado da família de Daniel, André Nascimento, informou ontem que estão marcados para o dia 10 de setembro, os depoimentos das testemunhas de defesa e de acusação. André espera que até o início do próximo ano o PM vá a júri, com o julgamento do mérito do caso.
O policial foi solto após prestar depoimento no 3 Tribunal do Júri. O juiz Sidney Rosa da Silva alegou que a prisão em flagrante, como ocorreu, não se enquadra em nenhuma das "quatro hipóteses previstas na Lei Processual Penal". Outra justificativa apresentada pelo magistrado foi o fato de o réu ser "primário, sem maus antecedentes, com residência fixa e emprego estável".

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