IPANEMA VALORIZADA

Lucro com buraco do metrô Antes de a estação de Ipanema ser inaugurada, comerciantes e moradores já ganham com valorização da área

Rachel Vita

Rio - Do dono de um restaurante sofisticado ao pipoqueiro, todos estão lucrando na carona do metrô. Em Ipanema, os imóveis residenciais e os pontos comerciais já valorizaram 15% antes mesmo da chegada das composições, no entorno da Praça General Osório, sobretudo no lado da Rua Visconde de Pirajá, área até então considerada como prima pobre da via, pela proximidade com a Favela do Cantagalo.
Dia 15, o Terzetto abre uma padaria de luxo, na esquina da praça, com café da manhã especial no cardápio, de olho nos futuros passageiros. No mesmo quarteirão, duas lojas, fechadas há anos, estão em obras, prontas para embarcar na onda do metrô.
A inauguração da nova Estação General Osório só está prevista para dezembro do ano que vem, mas a revitalização das ruas próximas fez crescer entre moradores e comerciantes o sonho de competir com o lado chique da Visconde de Pirajá, no trecho entre as ruas Garcia D’Ávila e Henrique Dumont.
“O pré-metrô gerou valorização do comércio e dos imóveis residenciais em todo o perímetro da Visconde de Pirajá, em especial no trecho mais próximo da futura estação. Está uma especulação danada”, conta o presidente da Associação Comercial de Ipanema, Carlos Monjardim.Pertinho da praça, onde ficará um dos quatro acessos aos trens, operários quebram as antigas instalações de uma padaria, fechada há mais de quatro anos. Ali, o laboratório Helio Póvoa inaugura a segunda filial de Ipanema, em novembro. “Dificilmente abriríamos mais uma loja no bairro se não fosse pelo metrô. Acreditamos no potencial daquela área com o aumento no movimento”, admite Claudio Pereira, diretor do grupo Fleury, dono de laboratórios como o Póvoa.
Um dos donos da La Veronese, instalada no número 29 há mais de 40 anos, acha que “o pior trecho” da Visconde mudará de cara. “Lojas como a antiga boate W, fechada há 10 anos, estão em obras para serem alugadas”, revela Gilberto Buonaiuto, sócio da Veronese, uma das poucas com sucesso de venda no início da via.
João Padilha de Souza, um dos donos do Terzetto, aposta no produto diferenciado do café homônimo: além da padaria, haverá confeitaria, delicatessen com vinhos importados e mesinhas para café da manhã. “Queremos atrair os vizinhos, mas também passageiros, adianta.Os quatro imóveis da empresária Maria Melo valorizaram em quase 15%.
“Depois do metrô, o mercado prevê aumento de até 40% no preço”, sonha Maria.

VISITA A PÉ NA MAIOR CAVERNA DO PAÍS EM SETEMBRO

No fim de setembro ou no máximo de outubro, as visitas nos buracos do Metrô ganham um reforço. Segundo a Secretaria Estadual de Transportes, com parte das obras concluídas, pela primeira será possível descer as escadarias da estação de Ipanema pela Rua Jangadeiros e seguir a pé até a plataforma de embarque e desembarque.
Visitantes vão percorrer os 120 metros até a maior caverna urbana do País, com 26 metros de largura e 22 metros de altura, onde vão circular os trens.A Rua Jangadeiros só deverá ficar livre dos tapumes das obras (foto) em setembro de 2009. O movimento diminuiu na via, atrapalhando algumas lojas. Mas os comerciantes, como o dono da loteria Venezia, Denis Gomes, apostam no lucro com o aumento no movimento depois da inauguração do Metrô. “O faturamento caiu uns 30%, mas com a estação funcionando vamos vender mais do que antes”, avalia.

RESTAURANTE ABRE NA FOLGA

“Não tem como fugir. Quando subo as escadas do metrô dou de cara com o Caranguejo. Preciso tomar um chope antes de ir pra casa”, conta o advogado Leandro Bezerra, 46 anos. Localizado em frente à saída do Cantagalo, na Rua Xavier da Silveira, em Copacabana, o restaurante aumentou as vendas também com quem mora fora do bairro e utiliza a estação. Passou a abrir às segundas-feiras, antes dia de folga.Do outro lado da rua, o chinês Panda’s funciona há dois dias coladinho à estação, de olho nos passageiros. Maria Cristina Bello, que aluga imóveis por temporada, diz que os apartamentos se valorizaram 30% após a última estação no bairro. Em Del Castilho, 25 anos depois da chegada do metrô, imóveis, como de Alda Dias, ainda se valorizam: “Comprei o meu por R$ 20 mil. Hoje custa R$ 60 mil”.

Um comentário:

  1. a num phode phorra ta encomodado de morar ai no virada do ano se muda vai pra fernado de noronha ou evem aqui pra casa afinal aqui num tem nada , oq tem aqui no final do ano e muito tiro , e msm assim eu num posso fazer porra nenhuma pra proibirem eles de da tiro pro alto num phode borra se ta sujo ajuda a limpar q e melhor

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