IRREGULARIDADES NA ORLA


FESTIVAL DE IRREGULARIDADES NA ORLA

Apenas no trecho entre o Posto 8 e 9,em Ipanema,58 ambulantes trabalhavam no domingo

Depois de alguns dias frios,o sol de domingo fez a alegria de uma horda de ambulantes na orla da Zona Sul.Apenas no trecho entre o Posto 8 e o 9,em Ipanema,o Jornal do Brasil contabilizou 58 vendedores ilegais,isso sem contar os vendedores de mate,milho,sorvete,bebidas e afins que circulavam livremente pelas areias.Os números exatos no calçadão são:seis vendedores de canga,oito vendedores de chapéus,cinco de biquínis,seis de óculos escuros,dois de camisa de time de futebol,quatro de vestidos e saídas de praia,dois de camisetas de malha,um de miniaturas de câmeras de filmagem,e,acredite 24 vendedores de todo tipo de artesanato.
Enquanto a fiscalização não vem,os vendedores estendem suas tralhas na calçada de pedra portuguesa.
--A fiscalização faz o trabalho deles e nós fazemos o nosso,tem que ser assim.Preciso trabalhar,e a praia é um dos melhores lugares para vender-diz Eduardo Vieira,que lucra com a fama dos jogadores de futebol.
--Os turistas adoram—garante.
A camisa mais barata vendida por Eduardo sai por R$17,mas o preço pode chegar à R$25.
Vendedor de canga há 35 anos,Juvenal Caetano Brito garante que os turistas não são os principais clientes,Segundo o camelô,nesta época do ano o comércio é praticamente 70% do que na primavera e verão.
--Quem compra mesmo são os brasileiros.Os turistas gostam mais das camisas de futebol.


CONFUSÃO NA AREIA

Nas areias a situação corre tão solta quanto no asfalto.Grupinhos de meninos jogando altinho,muitos cachorros e duplas de frescobol fora do horário permitido.Problemas típicos do verão carioca que não deixam de existir durante o inverno.
--Até achar vaga para estacionar não é fácil,mesmo nessa época,quando a praia está mais vazia -diz a estudante de direito Mariana Vaz.
--Quem reclama mais são os idosos.O resto do pessoal convive bem com o pessoal do altinho e do frescobol—observa o vendedor de mate Heitor de Souza,há dez anos cariocas.
O publicitário Luciano Pereira também acredita que o convívio nas areias tem melhorado.
O pessoal que joga bola tenta respeitar aqueles que estão em volta.Afinal o espaço é público.O direito de um termina quando começa o do outro.

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