ANÍBAL MACHADO


Aníbal Monteiro Machado (Sabará, 9 de dezembro de 1884Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1964) foi um escritor, futebolista, professor e homem de teatro brasileiro.


Biografia
Aníbal Monteiro machado fez os estudos secundários em Belo Horizonte, no Colégio D. Viçoso, e no Externato do Ginásio Mineiro, hoje Colégio Estadual. Iniciou o curso superior na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, transferindo-se depois para a de Belo Horizonte, onde se formou em dezembro de 1917. Tronou-se então professor de História Universal num colégio estadual de Minas Gerais e crítico de artes plásticas no Diário de Minas, onde trabalhou com os poetas Carlos Drummond de Andrade e João Alphonsus de Guimaraens. Depois foi promotor público, primeiro em Minas Gerais, e em seguida no Rio de Janeiro, na época capital do país (1924).
Por não se sentir com vocação para a carreira jurídica, deixou a promotoria para ser professor de literatura do Colégio Pedro II. Exercia o magistério paralelamente a um cargo burocrática no Ministério da Justiça, do qual se demitiu diante da movimentação política que resultou na Revolução de 1930.
Começou na literatura quando estudante e, no Rio, ligou-se aos modernistas, com assídua colaboração nos periódicos Revista de Antropofagia, Estética, Revista Acadêmica e Boletim de Ariel.
Eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores organizou, com Sérgio Milliet, o 1º Congresso Brasileiro de Escritores, em 1945. Este congresso, ao defender a liberdade democrática, precipitou o fim da ditadura de Getúlio Vargas.
Apesar de sua atuação no meio literário, o primeiro livro, um ensaio sobre cinema, surgiu apenas em 1941, quando já tinha 46 anos. Na ficção, sua estréia em livro foi Vida Feliz, em 1944, seguindo-se Histórias reunidas, em 1955, Cadernos de João, em 1957 e, postumamente, João Ternura, em 1965. Marcou sua presença de destaque no panorama do conto brasileiro com textos antológicos, como Viagem aos Seios de Duília, Tati, a Garota e A Morte da Porta-Estandarte.
Ligado ao teatro, ajudou a fundar vários grupos teatrais, tais como Os Comediantes, o Teatro Experimental do Negro, o Tablado e o Teatro Popular Brasileiro.
Traduziu peças de Anton Checov e Franz Kafka e escreveu a peça O Piano, adaptada da novela de mesmo nome. Por esta peça, recebeu o Prêmio Cláudio de Sousa, da Academia Brasileira de Letras. Também foi condecorado com a Legião de Honra.
Na década de 1960, seus contos A morte da porta estandarte, Tati, a garota e Viagem aos seis de Duília ganharam versões para o cinema, com colaboração do próprio Aníbal nos roteiros. Manoel Carlos adaptou vários contos de sua obra na telenovela Felicidade, exibida pela Rede Globo em 1991.
Teve seis filhas, entre elas a famosa escritora e teatróloga Maria Clara Machado, uma grande cultuadora e guardiã de sua obra.
Aníbal Machado foi também jogador de futebol, e participou do primeiro time titular do Clube Atlético Mineiro, em 1909, entrando para a história do clube por ter marcado o primeiro gol da história do Atlético Mineiro. Jogou por três anos, até se formar em Direito, participando também da diretoria do clube.

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