CURSO DE SEGURANÇA PARA PORTEIROS

O caderno da ZONA SUL de O Globo desta quinta-feira, destaca o curso de segurança para porteiros do Projeto de Ipanema, ministrado pelo 23o BPM, que diplomou sua primeira turma de 26 profissionais no último dia 17. Ignez Barreto, coordenadora do Projeto, acrescenta que uma nova turma com 30 alunos iniciará suas aulas no próximo dia 15. Em função do sucesso, vários síndicos e moradores também se mostraram interessados em participar do curso pessoalmente.

DICAS DE SEGURANÇA:

O Comandante do 23o BPM, tenente-coronel Carlos Eduardo Millen explica algumas orientações do curso:
- Entregas: Evitar a entrada de qualquer pessoa não autorizada ou estranha no prédio sejam entregadores de pizza, remédios, etc.. O morador responsável pelo pedido deverá descer para pegar a mercadoria.
- Festas: O porteiro deverá ter a lista de convidados. Qualquer pessoa sem autorização poderá por em risco os moradores.
- Desvio de Função: O porteiro não é pago para carregar compras ou consertar chuveiros de moradores. Um momento de ausência pode propiciar um crime.

CONSELHO TUTELAR BRONZEADO

Este blog gostaria de saber qual seria a missão da equipe do Conselho Tutelar que, às quatro horas da tarde de domingo passado, lotava uma Kombi estacionada irregularmente no calçadão do Arpoador. Seria bom se o órgão informasse também se trajes de banho fazem parte do seu uniforme, visto que todos os ocupantes do veículo estavam prontos para um bom mergulho.

ENTREVISTA COM JORGE ANTONIO BARROS

Jorge Antonio Barros, o criador dos “Mapas do Crime”, editor-adjunto da Editoria Rio do Globo e grande amigo deste blog, nos deu o prazer de uma entrevista (que nos permitam os jornalistas a pretensão).

Jorge é uma figura ímpar. Um jornalista premiadíssimo, que poderia muito bem estar sentado no trono da glória e que, no entanto, batalha por todos nós ao se dispor a manter uma ligação direta entre a imprensa e a sociedade, agregando e atendendo a todos que tenham algo a reclamar, ponderar ou sugerir.

Poderíamos nos estender indefinidamente em elogios, mas bom mesmo é ler o que ele tem a nos dizer.


O que o levou a lançar a campanha dos mapas do crime?
Desde que o blog nasceu há dois anos, ainda fora do Globo Online, eu tinha em mente que uma das funções de uma ferramenta poderosa dessas seria difundir informações que ajudam as pessoas a lidar de modo prático com a questão da criminalidade, independentemente se o poder público fizesse ou não a sua parte. Sempre acreditei que o cidadão tem algumas tarefas e uma delas é zelar pela sua segurança pessoal e trocar informações com outras pessoas com o mesmo objetivo. Eu sempre acreditei na força da associação.

Até onde os blogueiros são responsáveis por ela?
A participação dos leitores e comentaristas foi decisiva para a campanha chegar onde chegou. Eu poderia fazer uma pesquisa, bairro por bairro, mas creio que essa interatividade foi que motivou o Globo Online a apoiar a campanha, sem a gente planejar nada disso antes.

Como editor-adjunto do Globo Rio, em que esse seu blog o ajuda?
Um dos pontos que têm contribuido, indiretamente, é o fato de que eu retomei o contato com fontes que, por dever de ofício, já não falava como antes. O repórter, que vai a campo, acaba tendo mais acesso a fontes. O blog Repórter de Crime me levou de volta à rua, mesmo que seja virtualmente ou pelos olhos dos leitores. Sinto-me mais motivado para ir à rua, como fiz sexta-feira passada, por exemplo, no batalhão do Méier. Isso resulta muitas vezes em pautas exclusivas para o jornal e aí não dou no blog porque não posso furar a própria editoria onde sou o segundo, depois do editor, Paulo Motta. Meu trabalho como editor-adjunto no Globo é de certa forma bem separado da atividade de blogueiro. Mesmo que eu seja, é claro, influenciado pela opinião do Globo, como blogueiro eu tenho a minha própria e não necessariamente é a mesma do jornal. Agora, é claro, que se eu sou editor de um grande jornal como o Globo, que acompanha a questão da segurança, com o blog me sinto muito mais antenado com as percepções dos leitores de modo geral. E é o jornal que acaba ganhando mais com isso.

Qual a melhor maneira da sociedade colaborar com a redução da criminalidade?
Em primeiro lugar, a sociedade, por meio de suas entidades representativas dos mais diversos segmentos, deve passar a tratar a questão da segurança como prioridade de políticas públicas, que ela não tem hoje no país, apesar de o governo federal ter lançado um programa nacional recentemente. Não interação efetiva entre os diversos setores da segurança pública e isso só será alcançado na medida em que a sociedade realmente acordar para o problema e começar a cobrar das autoridades, inclusive por meio do voto. A sociedade deveria cobrar, por exemplo, a padronização de índices de criminalidade em todo o país, para que fique transparente quais são os estados realmente mais perigosos e que vão perder investimentos e empresas, com isso.

Até onde você acha que a sociedade pode interferir na mudança de atitude das autoridades?
O primeiro instrumento, como dissemos, é o voto. Os brasileiros têm que aprender a votar com a cabeça e não com o coração. Isso vai obrigar os marqueteiros de plantão a realmente discutirem os assuntos estratégicos e de interesse público, que acabam em segudno plano, porque as campanhas ficam sempre na questão emotiva e personalista. Na questão da segurança, especificamente, os cidadãos deveriam participar dos conselhos comunitários (a primeira porta) e as entidades representativas deveriam cobrar mais dos governantes e autoridades do setor.

Daqui para frente, com o Rio encampando sua iniciativa, quais são suas esperanças?
O meu sonho é que todos os moradores do Rio conheçam bem a cidade por meio desses mapas de crime e que com isso aumente a pressão social sobre os poderes constituídos. Eu acho que informação é fundamental para aumentar o nível de consciência das pessoas para o problema.

Muito obrigado e grande abraço.
Jorge Antonio Barros
Jornalista há 26 anos, desde 98 como editor-adjunto da Rio do Globo e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Obrigado, nosso caro amigo

REFORMA PARA CONSTAR

O Posto 9 está assim e, segundo informações, esses degraus de madeira não vão ser substituídos, apenas reformados. Essa escada é o acesso dos salva-vidas ao seu posto de observação e o risco atual de um acidente é grande. Mesmo depois de “recuperados”, esses degraus de madeira vão continuar representando um perigo em potencial, em função da madeira não proporcionar a aderência necessária e compatível com pés molhados e cheios de areia.