HISTÓRIA DE IPANEMA II

Continuando a história de Ipanema, em 1584, nove anos depois do assassinato dos tamoios, por Antônio de Salema, para possibilitar o funcionamento do o Engenho D`El Rei, foi sugerida sua venda. O engenho não tinha dado certo, e só quatorze anos depois, em 1598, ele foi vendido ao vereador Diogo de Amorim Soares (1558 -1609), vindo da Bahia, que o rebatizou de Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa. Soares, retirou-se da cidade em 1609, mas um ano antes, revendeu as terras a seu genro, Sebastião Fagundes Varela, natural de Viana do Castelo (1563-1639), casado com sua filha D. Maria de Amorim Soares (1589-1676). Fagundes logo ampliou as instalações do engenho e, para tal, cobiçou para sua empresa os terrenos de marinha.

Os primeiros proprietários das praias da zona sul carioca, afora os índios tamoios, foram poucos portugueses. Em 1603 Antônio Pacheco Calheiros (1569 -1634), vereador em 1619, casado com D. Inês de Leão, obteve enfiteuse de terras que iam do engenho de Diogo de Amorim Soares (Lagoa) até a “costa brava” (Leblon), correndo até a Gávea (Vidigal). Em 1606, Afonso Fernandes e sua esposa, D. Domingas Mendes obtiveram carta de sesmaria da câmara que lhes davam o aforamento de “300 braças começadas a medir do Pão de Açúcar ao longo do mar salgado para a Praia de João de Souza (Botafogo) e para o sertão, costa brava, tudo o que houvesse”. Eram todos os terrenos de marinha do Leme ao atual Leblon, incluindo-se aí, é claro, a futura Ipanema. Pagavam foro de 1000 réis.

Depois tem mais.

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